8.6.14

PARA OS AMIGOS QUE SOLICITARAM SOBRE A FAMÍLIA MARTINELLI




Apresentando a Família Martinelli Mostrada Por Lúcia Martinelli                        
                              
O Objetivo desta pesquisa é deixar para a geração atual e as próximas que virão um pouquinho da história e da origem da nossa família, por que veio para o Brasil, como ela chegou, onde se estabeleceu, as dificuldades que enfrentou e seus descendentes. Também deixo documentos, caso alguém queira pedir cidadania italiana. Não foi fácil conseguir as fotos, e não consegui de todos, mas graças ao facebook busquei algumas imagens. Não tenho descendentes para deixar esta história, mas pensei nos filhos de vocês que tem o direito de conhecer um pouco da história de sua família e ir acrescentando mais!!!!


Apresentando minha família, meus pais, irmãos, sobrinhos, avós, tios, primos e seus filhos.
Sou filha de :
Cândido Martinelli
Natural de Guaporé 

Maria Luisa Grando
Natural de Veranópolis

                 
Desta união nasceram 8Filhos


1.Ernesto Antônio Martinelli que teve 5 filhos com Maria da Rocha(Amarildo Martinelli, Lucimar Martienelli, Lucila Martinelli Três, Artemio Martinelli,Elisa Maria Martinelli)

2.Lino Saul Martinelli teve 4 filhos com Diva Laidens ( Mário Martinelli, Leonildo Martinelli, Cleusa Martinelli, Adriano Martinelli)

3.Helena Alilita Martinelli não teve filhos com Carlos Lourençato,

4.Inês Martinelli teve 4 filhos com João Pedro Lourençato Ferreira, ( Marcos Antonio Ferreira, Edegar Ferreira, Glaura M. Polo, Leandro Ferreira)

5.Telmo Martinelli teve 2 filhos com Maria  Aurora Bier (Cândido Giovani Martinelli, Juliana M. Flores)

6.Neusa Martinelli não teve filhos

7.Vitória Martinelli teve 2 filhos com Osmar Antônio Casassola (Fabiano M. Casassola, Cristiano M. Casassola)

8.Lúcia Martinelli não teve filhos 
 
Avós Paternos 
Ernesto Martinelli AngelaRossetto
Casados pelo Cartório de Bento Gonçalves/RS
     Avós Maternos
Antonio Grando e Vitória Matielo  Filhos
 

Irmãos  de Vitória Matiello /avó 2ª da esquerda  – Irmãos de Maria Luisa Grando


Meus Avós Paternos Tiveram CincoFilhos
1.Félix Martinelli teve 3 filhas Com Eli  (Margarida Martinelli, Marina Martinelli e Maria Elena Martinelli Dalmaz);
2.João Carlos Martinelli solteiro;
3.Judith Martinelli teve 5 filhos com Atilio Dossa (José Martinelli Dossa, Maria Martinelli Dossa, Antenor Martinelli Dossa, Valdir Martinelli Dossa, Margarida Martinelli da Cunha)
4.Glária Martinelli solteira;
5.Annah Elisabeta Martinelli solteira;
                                     Meus Bisavós  Paternos

Bisavós

Carlo Martinelli e ElisabettaTondo /Giovanni Rossetto e Anna Deconto

Ele nasceu em 16.10.1844, em Soresina, Cremona na Itália. Casou-se com Elisabetta Tondo do Distrito de Genova na Itália em 10.11.1879. Faleceu em 12.10.1918 no distrito de Pinto Bandeira, município de Bento Gonçalve/RS aos 73 anos. (enterrados no cemitério do município de Pinto Bandeira RS).
Cremona (província) Origem: Wikipédia - dados atuais

1 770 km²

360.173 1 hab.
189 hab/km²
115 (lista)
Website:

província de Cremona é uma província italiana da região de Lombardia com cerca de 360.173 habitantes1 , densidade de 189 hab/km². Está dividida em 115 comunas, sendo a capital Cremona.

 
Faz fronteira a norte com a província de Bérgamo e a de Bréscia, a este com a província de Mântua, a sul com a região da Emília-Romanha(província de Parma e província de Piacenza) e a oeste com a província de Lodi e com a província de Milão.
Gênova é uma cidade e comuna italiana da região da Ligúria, província de Génova, com cerca de 639.560 habitantes. Estende-se por uma área de 243 km². Wikipédia
ProvínciaGénova Área243 km²

Esta é a sexta maior cidade da Itália e a mais velha da Europa. A Via Garibaldi é famosa pelos seus palácios barrocos. A Piazza de Ferrari, a praça principal, abriga o Palácio dos Doges e o Teatro Carlo Felice; o local de nascimento de Cristóvão Colombo fica igualmente perto e vale a pena visitar o Aquário di Genova, o maior aquário da Europa.
O porto comercial de Génova é o mais importante de toda a Itália. Chamam a atenção do visitante os contrastes entre as elegantes estâncias costeiras e as ruas estreitas da cidade antiga, frequentadas tanto por marinheiros como por visitantes.

O ano 1000 marcou o início da época dourada das comunas independentes em Itália, assinalando um período de desenvolvimento econômico e político em que o predomínio de Génova começou a ser notável, nem sempre de forma pacífica. Por volta do século XII a cidade foi mesmo obrigada a construir uma muralha a toda a sua volta, para se defender dos assaltos do imperador Frederico I, o Barba-Ruiva. Resolvidas as contendas e reconhecida a autonomia de Génova, rapidamente a cidade começou a competir com Pisa pelo controle das ilhas da Córsega e da Sardenha.
Em 1232, depois de um século de combates e rivalidades, quase toda a costa da Riviera di Levante estava sob domínio genovês. Para oeste, as cidades que mais resistiram à expansão de Génova foram Ventimiglia, que se rendeu em 1262, e Savona, que resistiu ainda até 1528.
Génova possui um porto natural, protegido pelas montanhas, a este e ao mar deve o seu desenvolvimento. Inúmeros monumentos são o testemunho da riqueza e opulência durante a Idade Média. No séc. XVI, a família Doria revelou-se uma astuta patrona das artes.
 
Porta Soprana - No lado oeste da Piazza Dante situa-se a Porta Soprana ou Porta di Saint'Andrea, uma das portas de entrada da cidade, datando de 1155. A pequena casa à sua direita é conhecida como a Casa di Colombo.
 A casa de Cristovão Colombo: Não há a certeza de que Cristovão Colombo, o famoso navegador e explorador do Novo Mundo, tenha nascido em Génova, em Savona, 15 quilómetros a oeste, ou mesmo fora de Itália. No entanto, alguns registos referem-se ao seu pai, um tecelão, e a várias residências da família nesta cidade. Uma pequena casa, coberta de hera, junto à Porta Soprana, terá sido a casa onde Colombo passou a infância e onde terá descoberto a sua paixão pelo mar.
Palazzo Ducalle
Aqui residiam os doges de Génova. Possui dois pátios e arcadas do século XVI, abrigando atualmente um centro de cultura e arte. Deixado ao abandono por longo tempo, e usado como sede dos gabinetes judiciários antes da construção, na década de 1970, do novo palácio de justiça no Bairro de Portoria, viu completar o seu restauro por ocasião das Colombíadas de 1992, em que se comemoraram Cristóvão Colombo e o quinto centenário da descoberta da América.

"Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro?
é a massa dos infelizes?
Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.
Criamos animais, mas não comemos a carne.
Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria?
Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho?" 

(resposta de um italiano a um Ministro de Estado de seu país, a propósito das razões que estavam ditando a emigração em massa)
Corações Partidos no Porto de Gênova - Por Roberto Gambini
O ENSAIO é uma busca de sentimentos perdidos: partindo de uma apresentação histórica de uma Itália recém-unificada, sob o espectro ameaçador da falta de trabalho — e a correspondente situação de um Brasil pós-escravagismo, necessitado de mão-de-obra, o foco desse estudo é considerar os estados de alma dos imigrantes e acompanhar as dramáticas peripécias de suas transmigrações. Reconhecendo a importância da música para constelar sentimentos coletivos e expressá-los, o autor interpreta trechos de ópera de Verdi e também, em clave subjetiva, cartões-postais familiares, trocados entre membros separados de uma mesma família partida, discernindo conflitos afetivos que vieram a contribuir para a formação do grande amálgama anímico brasileiro.
Imigração Italiana, Sentimentos, Verdi, Alma Brasileira.


Carlo Martinelli e ElisabettaTondo /Giovanni Rossetto e Anna Deconto
Ele nasceu em 16.10.1844, em Soresina, Cremona na Itália. Casou-se com Elisabetta Tondo do Distrito de Genova na Itália em 10.11.1879. Faleceu em 12.10.1918 no distrito de Pinto Bandeira, município de Bento Gonçalve/RS aos 73 anos. (enterrados no cemitério do município de Pinto Bandeira RS).
Cremona (província) Origem: Wikipédia - dados atuais
1 770 km²

360.173 1 hab.
189 hab/km²
115 (lista)
Website:

província de Cremona é uma província italiana da região de Lombardia com cerca de 360.173 habitantes1 , densidade de 189 hab/km². Está dividida em 115 comunas, sendo a capital Cremona.
 
Faz fronteira a norte com a província de Bérgamo e a de Bréscia, a este com a província de Mântua, a sul com a região da Emília-Romanha(província de Parma e província de Piacenza) e a oeste com a província de Lodi e com a província de Milão.
Gênova é uma cidade e comuna italiana da região da Ligúria, província de Génova, com cerca de 639.560 habitantes. Estende-se por uma área de 243 km². Wikipédia
ProvínciaGénova Área243 km²
Esta é a sexta maior cidade da Itália e a mais velha da Europa. A Via Garibaldi é famosa pelos seus palácios barrocos. A Piazza de Ferrari, a praça principal, abriga o Palácio dos Doges e o Teatro Carlo Felice; o local de nascimento de Cristóvão Colombo fica igualmente perto e vale a pena visitar o Aquário di Genova, o maior aquário da Europa.
O porto comercial de Génova é o mais importante de toda a Itália. Chamam a atenção do visitante os contrastes entre as elegantes estâncias costeiras e as ruas estreitas da cidade antiga, frequentadas tanto por marinheiros como por visitantes.

O ano 1000 marcou o início da época dourada das comunas independentes em Itália, assinalando um período de desenvolvimento econômico e político em que o predomínio de Génova começou a ser notável, nem sempre de forma pacífica. Por volta do século XII a cidade foi mesmo obrigada a construir uma muralha a toda a sua volta, para se defender dos assaltos do imperador Frederico I, o Barba-Ruiva. Resolvidas as contendas e reconhecida a autonomia de Génova, rapidamente a cidade começou a competir com Pisa pelo controle das ilhas da Córsega e da Sardenha.
Em 1232, depois de um século de combates e rivalidades, quase toda a costa da Riviera di Levante estava sob domínio genovês. Para oeste, as cidades que mais resistiram à expansão de Génova foram Ventimiglia, que se rendeu em 1262, e Savona, que resistiu ainda até 1528.
Génova possui um porto natural, protegido pelas montanhas, a este e ao mar deve o seu desenvolvimento. Inúmeros monumentos são o testemunho da riqueza e opulência durante a Idade Média. No séc. XVI, a família Doria revelou-se uma astuta patrona das artes.
 
Porta Soprana - No lado oeste da Piazza Dante situa-se a Porta Soprana ou Porta di Saint'Andrea, uma das portas de entrada da cidade, datando de 1155. A pequena casa à sua direita é conhecida como a Casa di Colombo.
 A casa de Cristovão Colombo: Não há a certeza de que Cristovão Colombo, o famoso navegador e explorador do Novo Mundo, tenha nascido em Génova, em Savona, 15 quilómetros a oeste, ou mesmo fora de Itália. No entanto, alguns registos referem-se ao seu pai, um tecelão, e a várias residências da família nesta cidade. Uma pequena casa, coberta de hera, junto à Porta Soprana, terá sido a casa onde Colombo passou a infância e onde terá descoberto a sua paixão pelo mar.
Palazzo Ducalle
Aqui residiam os doges de Génova. Possui dois pátios e arcadas do século XVI, abrigando atualmente um centro de cultura e arte. Deixado ao abandono por longo tempo, e usado como sede dos gabinetes judiciários antes da construção, na década de 1970, do novo palácio de justiça no Bairro de Portoria, viu completar o seu restauro por ocasião das Colombíadas de 1992, em que se comemoraram Cristóvão Colombo e o quinto centenário da descoberta da América.


Imigração Italiana, Sentimentos, Verdi, Alma Brasileira.

Giuseppe e Arcângela Caproni
Angelo e Anna Guerra
De Seresina Itália
Trisavós Paternos



A imigração italiana no Brasil foi o movimento migratório ocorrido nos séculos XIX e XX de italianos para várias regiões do Brasil. As causas deste processo podem ser encontradas nos frequentes problemas sociais que ocorriam na Europa e a fartura de terras no Brasil. Atualmente, estima-se que 5 milhões de brasileiros têm ao menDe acordo com o que conhecemos da história, a necessidade econômica, a escassez de terras e trabalho e o aumento da população, fizeram com que muitos italianos partissem em busca de alternativas de vida. Várias foram as famílias que assumiram este desafio, embaladas pelo sonho de conhecer e explorar o “NOVO MUNDO’, particularmente o Brasil, ante a proposta do governo brasileiro de guardar suas fronteiras.

A história que conhecemos nos mostra estes aspectos, os quais contribuíram para a concretização da imigração. Entre tantos italianos que se arriscaram a encarar este propósito, estavam nossos antepassados, estabeleceram-se na região da serra do estado do Rio Grande do Sul.

 Apesar de não termos muitos registros da época, até o momento, o que sabemos é que este é o berço da família neste estado do Brasil. É certo que a história aqui relatada, se origina em fatos e acontecimentos que se mantiveram vivos na memória, por relatos que foram passados de geração em geração. Sendo assim, são mais relativos ao ramo da família do qual somos originários.

Com certeza muito tem a ser descoberto e descrito sobre a vida, os costumes e as conquistas de nossos antepassados. Tinham uma casa bastante rústica, construida sobre “cepos” de madeira de aproximadamente 50 cm. Acima do solo. As paredes eram de tábuas serradas manualmente. As aberturas não continha vidros, mas tão somente tampões de madeira, que podiam ser removidos para arregar e clarear os cômodos da casa. Nos quartos e no cômodo onde se realizavam as refeições, o assoalho era de madeira bem rústica. Já as paredes da cozinha eram feitas com varas de madeira trançadas, preenchidas com terra tipo sapé. O piso da cozinha e do ambiente de refeições, era de chão batido.

Para enaltecer  a simplicidade e as condições da época, móveis não tinha, cadeiras não havia, usava-se cepos de 60 cm. De altura sobre os quais se acomodavam. Junto a mesa , havia bancos de madeira onde se sentavam enquanto faziam as refeições. A comida era feita em um fogão de chapa emuralhada.

 Chegando à sua gleba, o imigrante tinha logo que construir um abrigo, uma choupana, que fosse, para proteger-se do frio e dos animais selvagens. Era uma questão de emergência, e daí resulta que as primeiras casas eram muito precárias. Às vezes, um rancho de pau a pique, coberto de palhas. Muitas eram construídas com varas ou pranchas de pinheiro, cobertas com folhas ou tábua lascada, denominada scandole.

 

As moradias definitivas eram de madeira-tábuas de pinho com colunas de anjico ou pedra e eram amplas. 0 lambrequin, detalhe decorativo, de madeira recortada na borda dos telhados, tornou-se marca registrada. 0 local preferido para a construção das casas eram as encostas suaves, para facilitar a localização do porão, indispensável para o depósito de cereais, local para carnear animais, cantina para o vinho e a graspa.

Para a fabricação de tábuas, cortavam-se "pinheiros de copa" (araucária). Com serra manual, transformavam as toras em tábuas: um serrador ficava em cima da tora, posta sobre cavaletes e outro embaixo. Trabalhavam dias a fio. A cumeeira era alta, para dar lugar a um sótão onde se podia guardar, sem risco de umidade, amendoim, feijão, lentilha, ou servir para dormitório de hóspedes em ocasião especial. As janelas não tinham vidro.

A cozinha ficava geralmente separada. Segundo Rovílio Costa, "por medo de incêndios". Com o fogo sempre aceso, em meio a material combustível, a cozinha era sujeita a incêndios, pois os primeiros imigrantes não conheciam o fogão. Para cozinhar, usavam o foccolári, que consistia num caixão retangular revestido de madeira, forrado por dentro com terra batida e uma cavidade no meio onde se acendia a lenha. Para cozinhar, especialmente a tradicional polenta, as panelas eram suspensas a uma corrente, chamada "la catena". À noite, o fogo era coberto com cinzas para conservar o braseiro e facilitar o reacendimento no dia seguinte. "Se alguma janela se abrisse, o vento podia reacender o fogo e causar incêndio durante a noite." Por isso, a casa, onde se guardavam documentos, dinheiro e bens, tinha que ficar preservada. Era costume, traçar uma cruz sobre as cinzas para pedir proteção contra o possível incêndio.

A cozinha funcionava como sala de estar, servindo como local das refeições e encontros familiares. Na "casa" ficavam os quartos e uma sala, usada em raras ocasiões, como velos, casamentos ou para receber visitas muito importantes. No pátio, próximo a casa, o forno para pão, o estábulo sempre isolado e a latrina feita de tábuas.

Nos tempos primitivos, não era comum pintar as residências, provavelmente por falta de tinta. Usava-se uma mistura de tabatinga (pó de arenito, avermelhado) e óleo de cactus, dissolvido em água, que protegia a madeira.

Missa inaugural da Capela de Veranópolis em 1888.
La América
Canção dos Imigrantes cantada em dialeto vêneto, de autor anônimo, sobre a aventura da América

Da l'Itália noi siamo partiti,
Siamo partiti c´o i nostri onori
Trienta e sei giorni de machina a vapore
E nela Mèrica noi siamo arrivà.

Nela Mèrica noi siamo arrivati,
No abiam trovato n´è pàglia, n´e fieno
Abiam dormisto su´l nudo terreno,
Come le bestie abiam riposà.

E la Mèrica, l´è lunga e l´è larga
L´è circondata de monti e de piani
E co´la industria dei nostri italiani
Abiam fondato paesi e cità.

Mèrica, Mèrica, Mèrica,
Cosa serála sta Mérica ?
Mèrica, Mèrica, Mèrica,
L´è un bei massolino de fior


Tradução
Da Itália nós partimos/ Partimos com a nossa honra/ Trinta e seis dias de trem e vapor/ E na América nós somos chegados / Na América nós chegamos/ Não encontramos nem palha, nem feno/ Dormimos no solo nu/ Como animals repousamos// Mas a América é grande e é larga/É formada de montes e planícies/ E com talento de nossos italianos/ Fundamos vilas e cidades// América, América, América/ 0 que será esta?/América, América, América/ Um belo ramalhete de flores.
Fonte : História Ilustrada do Rio Grande do Sul - Zero Hora
   
Carlo Martinelli chegou ao Brasil e se estabeleceu em Bento Gonçalves, hoje município de Pinto Bandeira RS. Vamos conhecer esta cidade?

Um pouco da História de nossos Ancestrais
Carlo Martinelli é filho de Giuseppe Martinelli e Arcangela Caproni. O registro de batismo de número 282, Távola 7 volume 14 da paróquia de São Diro de Soresina, Província Cremona, na Itália, declara que o menino Carlo nasceu às 9 horas da manhã do dia 16 de outubro de 1844. Também diz que seus pais, Giuseppe e Arcangela, moravam em Olzano. Foi batizado no mesmo dia. Seus padrinhos foram Carlo Bonini e Maria Vilaski.
A infância e juventude de Carlo se passa em uma terra em transição social, política e econômica. Como diz Pozzebom em seu livro “a Itália é a última nação européia a se unificar. O processo só se completa em 1870, nascendo o reino da Itália. Após a unificação a situação é ruim. A pobreza é crônica. O serviço militar é obrigatório por 3 anos, mostrando incerteza quanto à paz recentemente alcançada, e retirando do grupo familiar uma importante força de trabalho.” A economia permanece estagnada até 1886. O analfabetismo é altíssimo. Há desemprego generalizado e insegurança quanto ao futuro. E mais, “o sistema fundiário ao estilo feudal fazia com que não existisse terra suficiente para a população plantar, e as pequenas propriedades iam sendo continuamente divididas entre os filhos, vendidas a baixo preço, ou então passando para o filho mais velho, deixando os outros filhos não contemplados sem terra e sem meios de sustento.”  “Todos esses fatores, associados a uma superpopulação, geraram a fome e um excedente de mão de obra barata, à beira do desespero.”
Carlo Martinelli casa-se com Margherita Salini, na Itália. Com ela decide vir ao Brasil na leva de imigrantes que aqui, na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, na Colônia Dona Isabel, na Linha Jansen, hoje Linha 28 de Pinto Bandeira, adquiriu o lote nº 26 com 242 mil metros quadrados, aproximadamente 24 hectares.
Sua esposa, Margherita Salini, faleceu em 02/08/1879, de parto, sem deixar descendentes. Contam que até hoje seu túmulo, no Cemitério situado na linha 32 em Pinto Bandeira, é visitado por pessoas que fazem pedidos. Dizem que são atendidas.
Carlo, após os três proclamas canônicos de praxe, casou-se novamente, em 10;11/1879, na Paróquia de Santo Antonio, hoje em Bento Gonçalves. Sua esposa era Elizabetha Tondo.
Elizabetha Tondo era filha de Angelo Tondo e Anna Guerra. Nasceu aos 07/10/1850 em Boja (Buia), Província de Údine, Distrito de Gemona. Com sua família, Elizabetha chegou ao Brasil no ano de 1877. Eles receberam o lote nº 5, em Linha Jansen, Colonia Dona Isabel.
Da união de Carlo com Elizabetha nasceram: Giuseppe em 30 anos de janeiro de 1880, Arcangelo aos 09/05/1882. Victório aos 20 de setembro de 1887, Anna aos 23/12/1888, EurélioPietro aos 22/08/1893 e Giglio em data não conhecida.
Carlo faleceu em 12/10/1918, antes de completar 74 anos. Foi sepultado no cemitério da Capela São Pedro, na Linha 28 em Pinto Bandeira. O terreno onde está a Capela São Pedro e o cemitério, na linha 28, foram doados a comunidade por Carlo. A lápide do seu túmulo, em pedra basáltica com cerca de 300 quilos, foi esculpida por Vicente Lovera, esposo de Anna Martinelli, filho de Carlo.
Elizabtheta Tondo faleceu em 06/06/1939 com 89 anos de idade.

O município de Pinto Bandeira foi instalado recentemente, em 01/01/2001. Todavia, sua criação está sendo questionada junto ao STF (Supremo Tribunal Federal)  pela prefeitura de Bento Gonçalves, seu município de origem.
O município dista cerca de 13,5 km de Bento Gonçalves, ao qual está ligado por uma estrada asfaltada. Nos poucos meses de vida administrativa, sua administração conseguiu realizar importantes melhorias. A praça da matriz e a praça central estão bem cuidadas. A igreja foi recentemente restaurada, visando recuperar importante patrimônio físico e histórico da comunidade. Casas antigas e típicas foram reformadas. As edificações, equipamentos e máquinários públicos estão zelosamente cuidados. Economicamente, o município é altamente promissor e viável. Todavia, a pendência da decisão de Brasília, quanto ao futuro do município, trouxe desalento e desânimo.
Desde 1982, foram criados 265 novos municípios no Estado do RS, aumentando sua quantidade de 232 para 497 municípios. Do ponto de vista social, cultural e econômico, as emancipações trouxeram inequívocos benefícios para o Estado.  O progresso dos primeiros 12 processos de emancipação foi contagiando outras áreas, estimulando sucessivas levas de comunidades a buscarem semelhantes benefícios e status; em 1988, foram criados outros 89 municípios novos; em 93, mais 94; em 1995, outros 40, tendo ficado 30 para trás, que puderam finalmente serem instalados na "aurora" do ano de 2001. Dentre esses 30, está o novo município de Pinto Bandeira, que teve dificuldades maiores para conseguir fazer passar seu processo de emancipação.

No RS, as regiões com maior número de municípios são as que mais progridem; os municípios que se vangloriam das suas grandes extensões de terra, e de terem evitado a todo custo fragmentar-se, são de modo geral também os mais estagnados e menos progressistas.  Santana do Livramento, que mantém seu território desde sua fundação (há mais de um século), com mais de 5 mil km2, possui atualmente um PIB nominal, em dólares,  menor que há 10 anos atrás. Outras áreas que se fragmentaram mais criaram mercados mais dinâmicos, com geração de opções, investimentos, renda e demanda.
Os municípios menores conseguem, de modo geral, cuidar melhor das suas crianças, jovens, idosos, colonos e outras categorias. Aumentam a autoestima da sua gente, que se reflete em ações mais efetivas, patrimônios públicos e históricos melhor cuidados e aumento da renda, com reflexos positivos locais e regionais. A melhoria nos níveis de qualidade de vida do Estado, se deve em grande parte aos melhores cuidados prestados a populações mais humildes, nesses rincões que lograram obter o status de municípios e cuidar de forma autônoma dos seus rumos e desenvolvimento.

Vista aérea de Pinto Bandeira RS
 
Os primeiros imigrantes que se estabeleceram em Pinto Bandeira chegaram em 1876. Até 05 de Maio de 1902, a localidade chamava-se Silva Pinto. A Paróquia de Nossa Senhora da Pompéia só foi criada em 1922, através da iniciativa de um padre, fazendo com que o local passe a se chamar distrito de Nova Pompéia. Em 1938, o nome muda novamente, desta vez para Pinto Bandeira. Esta denominação perdura até hoje. O movimento pró-emancipação de Pinto Bandeira inicia-se em 18 de Abril de 1994. Em 16 de Abril de 1996, através da Lei n.º 10749, o governador do estado cria o município de Pinto Bandeira. A primeira eleição municipal acontece em 1º de Outubro de 2000, e em 1º de Janeiro de 2001 dá-se a instalação do município.

Significado do Nome
Homenagem a Rafael Pinto Bandeira, um militar ilustre que nasceu e viveu na região.
Pinto Bandeira é conhecida como a Terra do Pêssego
 
Pinto Bandeira é um distrito de Bento Gonçalves, reconhecido nacionalmente como um dos maiores produtores de frutas de mesa do país, entre elas maça, pêssego e ameixa. É composto por morros, montanhas, vinhedos e suas plantações frutíferas. Também são comuns no local residencias da época dos primeiros imigrantes, grutas, capelas que se misturam às paisagens rurais, vinícolas e pequenas cantinas.
CENÁRIO: Naturais/ Manifestações culturais/ Paisagem Rural com Colinas cobertas de pessegueiros e ameixeiras. CATEGORIA: Arquitetura/Comunidades/ Construções/ Festas/ Formações rochosas/ Interior/ Paisagens rurais/ Quedas d’água/ Vegetação/Caverna.
TIPOS: Arquitetura colonial/ Arquitetura moderna/ Campo/ Casas/ Caverna/ Cidade do Interior/ Colônia Italiana/ COLÔNIA polonesa/ Fazenda/ Festa popular/ Festa religiosa/ Gruta/ Mata Atlântica/ Morro/ Montanha/ Rua/ Rio/ Vale / Vila/ Vinhedo.
 
Foto antiga da Praça central de Pinto Bandeira.
... Frente da igreja de Pinto Bandeira entre 1902 e 1915... Belo achado para construção da nossa história.


Fotos dos Meus Pais

Cândido Martinelli natural de Guaporé e Maria Luisa Grando 

natural de Veranópolis
A casa das cinco mulheres: Inês, Helena, Vitória, Neusa, Lúcia e a mãe Maria Luisa Grando
 
     Aniversário da Inês

Aniversário da mãe na casa da Vitória – Aniversário da Helena
   Aniversário da Vitória
Aniversário da Neusa
 
Os Oito Filhos de Cândido Martinelli e Maria Luisa Grando: 
1.Ernesto Antonio Martinelli e Maria da Rocha Martinelli:
De pé da esquerda para direita: Eduardo e Lucila Três, Artemio Martinelli com Henrique no colo e a mãe Paula deve ser a fotógrafa, Cristiano Martinelli e sua mãe Fátima, Leomar F. Alves e seu filho Leonardo ao lado de sua mãe Lucimar Martinelli, ao lado do outro filho Lindomar e sua esposa Lilian. De cocoras Amarildo e Elisa Martinelli. Na frente Ernesto Martinelli e sua espoda Maria ao lado da netinha Maria Eduarda e ( in memorian) Adriano Martinelli



Filhos:: 1.Amarildo Martinelli esposa  Fátima Martinelli - Filhos: Cristiano Martinelli e Adriano Martinelli "in memoriam"   
 

1.2.Lucimar Martinelli esposo Leomar Fernandes Alves:  filhos:
Lindomar Martinelli Alves esposa Lilian Martinelli
Leonardo Martinelli Alves

1.3.Lucila Martinelli Três esposo Eduardo Três:
Filha Maria Eduarda Martinelli Três

 

1.4.Artemio Martinelli e a esposa Paula Cristiana Bertolini Martinelli: Filho Henrique Martinelli

 

1.5. Elisa Maria Martinelli


2.Lino Saul Martinelli  divorciado de  Diva Laidens Martinelli:: Filhos:
1.1.Mário L. Martinelli "in memoriam"   esposa Adelina dos Santos: Filhos: Ronaldo Martinelli, Gabriel Martinelli, Roberto Martinelli
Ronaldo Martinelli casado com Taise e os filhos Eduardo Martinelli e Sabrina Martinelli
 

Gabriel Martinelli e namorada

  


1.2.Leonildo L. Martinelli "in memoriam"  esposa Jose: Filhas: Michelli e Francieli Martinelli
   

    

          Leonildo e Jose                          Micheli esposo e o filho Henry                   Francieli esposo Jaqueson 


1.3. Cleusa Martinelli esposo Adalberto Carlos Urio

Adalberto Carlos Urio esposo de Cleusa Martinelli e Filhos: Guilherme Urio e esposa e Mariana Urio

1.4.Adriano L. Martinelli esposa Juliane Almeida Martinelli: Filho: Eduardo A. Martinelli
 
3.Helena Alilita Lourençato e Carlos Lourençato (sem filhos) foto da 1ª comunhão com a Inês
     

4.Inês Martinelli  esposo João Pedro Lourençato  Ferreira e filhos,  noras e gênro:

Cristiane esposa de Marcos Antonio Ferreira, Glaura e Volmir Polo com o filho Gustavo na frente, Inês Martinelli e esposo João P. L. Ferreira, Wilian filho do Marcos e Cristiane, namorada de Leandro e sua filha Eduarda
1.1.Antônio Marcos M. Ferreira esposa Cristiane Godóy Filho: Willian G. Ferreira    


1.2.Edegar M. Ferreira esposa Luciana Anesi Ferreira e Filha: Luana A. Ferreira e namorado
 



1.3. Glaura Ferreira esposo Volmir Polo Filhos: Vivian F. Polo e namorado Felipe Polo e Gustavo Polo


1.4.Leandro Ferreira divorciado de  Elisabeth Thomas Filha Eduarda Terreira


  

5.Telmo Martinelli "in memoriam"   esposa Maria Aurora Bier Martinelli e Filhos:
 
Casamento de Telmo e Maria
1.1.           Cândido Giovane Martinelli esposa Marcela Fortunato.

1.2.Juliana B. Martinelli esposo Evandro Flores: Filha Maria Isabela M. flores
6.Neusa Martinelli "in memoriam" (sem filhos)
 
7. Vitória Martinelli esposo Osmar Antônio Casassola: Filhos: Fabiano e Cristiano
   
Fabiano M. Casassola esposa Gilvana e Filhos Maria Gevana Casassola e Alonso Casassola
Cristiano M. Casassola esposa Dissiane Casassola: Filha Vitória Maria Casassola

 
8. Lúcia Martinelli

   Minha 1ª Comunhão,    Dama de honra,      Formatura de Magistério       Formatura de Graduação com a Mãe

Tios Paternos e Primos e Primas

1.Félix Martinelli e esposa Eli Martinelli: filhas: Margarida Martinelli, Marina Martinelli e Maria Elena Dalmaz

   

Margarida Martinelli filhos: Fabiana Moraes, Fernanda Moraes e Felipe Moraes com esposa

  
   



Marina Martinelli filhos: Lumara M. João Luis Martinelli

 

Maria Elena Dalmaz esposo Élbio Dalmaz: Filhos: Bruno M. Dalmaz e Vitória M. Dalmaz







Primos reunidos, filhas, filhos e namoradas, namorados de Margarida, Marina e Maria Helena (falta a Fernanda)




1.     Judith Martinelli esposo Atílio Dossa teve cinco filhos. Maria dossa, José Dossa, Antenor Dossa, Valdir Dossa e Margarida Cunha


Foto com os netos

Judite Martinelli Dossa, Jana Dossa Antunes, Dougalas Eduardo Dosso,  Fábio Dossa, Diego Velásquez

1.      Maria Dossa divorciada  - filho: Diego Emmanue Velásquez e namorada




2.José Dossa( falecido) esposa Carmem  Dossa e Filhos...




3.Antenor Dossa e esposa Sueli Filhos:

  


4.Valdir Dossa esposa Marinelza Lourençato Dossa Filhos: Fábio e Maicon

   

5.Margarida Dossa da Cunha e esposo




3.João Carlos Martinelli (sem filhos)

4.Glória Martinelli (sem filhos)

5.Annah Elisabeta Martinelli (sem filhos)



Documentos se alguém precisar pedir Cidadania Italiana.
Falta só a certidão de Nascimento vô Ernesto Martinelli, só consegui o de óbito.





Encontros da Família Martinelli no RS - Martinellança


1º Encontro Martinellança em Guaporé-RS. 2001.

2º Encontro Martinellança: Netos do Carlo Martinelli — em Pinto Bandeira, RS

2º Martinellança: Bisnetos do Carlo Martinelli — em Pinto Bandeira, RS

 
2º Martinellança: Trisnetos do Carlo Martinelli — em Pinto Bandeira, RS
 
3º Encontro Martinellança em Passo Fundo-RS. 2004.


3º Martinellança em Passo Fundo-RS. 2004.


Parte da Família de Cândido Martinelli presentes no 3º encontro –  a cima Leitura da Liturgia


De pé: Lúcia Martinelli, Juliana Martinelli, Cristiano M. Casassola, Lucila M. Três, Maria Aurora Bier Martinelli, Helena Alilita Lourençato, Parente de S. Maria, Maria da Rocha Martinelli, Ernesto Antonio Martinelli, Inês M. Ferreira, Lucimar Martinelli Alves com Eduarda Três no colo, ( o Lino esteve mas já havia ido embora na hora da foto)

Na frente: Candido Giovani Martinelli, Eduardo Três, Ivo Felipe Mainerz, Vitória M. Casassola e Osmar Casassola. (2004)

Estatuto e Princípios da Família Martinelli:

a dignidade da pessoa humana,

a solidariedade familiar,

a igualdade de gêneros, de filhos e das entidades familiares,

a convivência familiar,

o melhor interesse da criança e do adolescente e a afetividade


Brasão

Curiosidade da Família Martinelli

Baseado sobre encontrados em perfis de árvores genealógicas em nosso banco de dados de histórias familiares, pessoas com o sobrenome MARTINELLI: 
Vive menos que a média
Expectativa de vida: 64,0
 (comparada com 66,5)
Tem famílias menores que a média
Filhos: 1,8 (comparada com 2,7)
Casa mais jovem que a média
Idade no casamento: 25,9 (comparada com 28,1)

SIGNIFICADO DO NOME MARTINELLI

ORIGEM DO NOME MARTINELLI: LATIM

SIGNIFICADO DE MARTINELLI: VARIANTE DE MARTINHO.

Muito ligado a família, e emotivo costuma exagerar nos seus cuidados e corre o risco de sufocar as pessoas que ama sendo assim. Tem muita energia e por isso deve sempre manter-se ocupado com alguma coisa. Nos relacionamentos amorosos ou mesmo de amizade, quando se magoa, procura se recolher para dentro de si mesmo e só sai quando recebe um pedido de perdão. Um bom conselho seria aprender a controlar seu temperamento e deixar as pessoas que ama mais na delas.

SIGNIFICADO DO NOME MARTINELLI - SUA MARCA NO MUNDO!

DISCIPLINA, PRATICIDADE, LEALDADE, CONFIABILIDADE, GOSTO PELO TRABALHO, SOLIDEZ E EFICIÊNCIA.

Confiança e lealdade é o que se pode esperar da pessoa cuja personalidade é marcada pelo número 4. Alguém que não admite superficialidade e covardia. Muito produtiva e eficiente, faz de sua bandeira a prudência e a disciplina. Com os pés no chão, não se deixa levar por nada que se mostre leviano ou propostas sedutoras demais. Pontual e responsável com seus compromissos, demonstra sempre uma grande estabilidade, fator que a faz respeitável por aqueles que a conhecem. Não deixa nada por acabar e respeita todos os regulamentos, por isso muitas vezes é considerada conservadora. Sua sobriedade não a permite ser muito extravagante, preferindo sempre um estilo mais clássico até no se vestir. Bom senso e discrição são marcas de alguém que leva à sério seus relacionamentos pessoais e profissionais. Uma tendência negativa é a de se tornar inflexivel e sistemática demais com detalhes. Uma forma de equilibrar este ponto e aproveitar as boas vibrações do seu número da personalidade é começar aceitando e considerando mais as opiniões dos outros. Assim a confiabilidade que lhe conferem terá ainda mais valor.

 

MARTINELLI SIGNIFICADO - NUMEROLOGIA - EXPRESSÃO 5

COMO O MUNDO TE VÊ?

O número da Expressão revela a missão que tem, o que deve fazer ou ser nesta vida, para que atinja sucesso e alcance suas metas e objetivos. Descreve como você se expressa no mundo. O seu "eu" completo - personalidade, caráter, disposição, identidade, temperamento. Cheio de recursos e com uma mente aberta, tipo de pessoa que se mantém sempre informado. Muito inteligente e capta tudo com facilidade, por isso encontra diversas maneiras e idéias para fazer as coisas. Como aprecia a liberdade de se locomover e ir por onde quer, vive fugindo de responsabilidades ou de situações muito sólidas. Sente necessidade de mudança, e versatilidade de oportunidades, por isso acaba às vezes deixando seus projetos pela metade passando a imagem de pessoa inconstante. Por ser alguém de intresses muito variados tende a estar sempre fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Busca ocupações em que não precise ficar isolado, nem fechado em quatro paredes. Profissões apropriadas para esta Expressão são aquelas que o colocam em contato com as pessoas, como detetive, agente do serviço secreto, agente de turismo, ator, inventor, promotor, líder cívico, político, advogado, editor, orador, guia turístico, caminhoneiro, publicitário, crítico de teatro. Atenção para o excesso de bebida, drogas ou sexo e com a permissividade.

MARTINELLI SIGNIFICADO - NUMEROLOGIA - IMPRESSÕES 8

COMO VOCÊ VÊ O MUNDO?

Mostra a pessoa como é interiormente. Revela como pensa, sente e age. Seu o desejo íntimo da alma, o seu "eu interior", suas esperanças, sonhos, ideais, motivações. As vezes é possível que percebamos essa manifestação, mas talvez não a expressamos como deveríamos ou mesmo não vivemos de acordo com ela, assim estamos reprimindo os nossos sentimentos e impulsos, o que gostaríamos de ser ou fazer, estamos adormecendo nossos objetivos secretos, as ambições, os ideais mais íntimos.O 8 é considerado número da conquista material; mas é necessário àqueles que o possuem como numero de impressão aprender a equilibrar o espiritual e o material. Só quando equilibram estes dois pólos e atingem a igualdade entre eles é que tornam-se capazes de realizar seus objetivos e obter recompensas esperadas. São conselheiros, analistas, pesquisadores, geralmente supervisionam e dirigem o trabalho dos outros. Precisam de caráter forte e perspicácia, assim como necessitam desenvolver sua capacidade de liderança. Podem assumir a administração de imóveis ou quaisquer propriedades. Filósofos e psicólogos natos, percebem a vida como ela realmente é. Tem o dom de ajudar as pessoas a compreenderem a si mesmas. É fundamental que adquiram o mínimo de sensibilidade e justiça em relação aos outros para que não se percam em egoísmos ou extravagâncias que acabariam por levá-las à ruína total. Para que conquistem seus objetivos precisam de tolerância e compreensão, este aspecto são "chaves" que abrem portas para os de número 8. Consegue muito êxito os profissionais que levam este número, especialmente escritores, agentes de viagem, instrutores, supervisores, treinadores, atletas, exploradores, gerentes, superintendentes, engenheiros civis, agentes de seguros, corretores de imóveis, arquitetos, artistas profissionais, hoteleiros, editores, estatísticos ou executivos. Sabem lidar com animais e possuem um amor particular pela natureza. Vivendo de acordo com seus propósitos tornam-se grandes mestres ou místicos, e atraem que todos venham em busca de seus conhecimentos. Cuidado com a sede de poder pessoal, e a tendência negativa a se tornarem ambiciosos, materialistas, egoístas, perdulários, avarentos, não confiáveis ou até imprudentes.

MARTINELLI SIGNIFICADO - NUMEROLOGIA - ANSEIOS DA ALMA 6

ANIMA - O QUE MOVE VOCÊ? A vibração da ANIMA mostra a impressão que você transmite às pessoas e os efeitos que lhes causam. Deve ser considerado um dos números mais importantes na sua vida. Conhecendo-o poderá entender o planejamento da sua vida. Compreendendo este plano e buscando viver de acordo com seu significado trará mais sentido à sua vida, e a fará mais útil e feliz. Ter consciência dessa vibração ajuda a reconhecer o porquê de suas aversões e gostos. Não desperdiçará um dia sequer de sua vida, e jamais a sentirá inútil ou sedentária na velhice se viver de acordo com as vibrações deste número. 6 - Em busca de responsabilidade, de amor à família, é o tipo de pessoa que quer ser o centro das atenções dentro de casa. Traz para o ambiente em que vive beleza, conforto, música, harmonia e paz. Tem como paixão ajudar a humanidade, e se for ensinando o que sabe e transmitindo suas experiências melhor ainda. Espera que as pessoas reconheçam seu esforço e busca a imagem de alguém compreensivo, idealista, franco, justo e amante da paz. Tende a praticar a generosidade criando a expectativa de ser popular. Gosta mostrar seus dons artísticos e de trabalhar em equipe.

SIGNIFICADO E ORIGEM DO NOME MARTINELLI - ARCANOS DO TAROT

Arcano 4 - O Imperador

SIMBOLOGIA O arcano do imperador representa o crescimento interior, o ser humano, e como ele pode vir a ser se desenvolver seus potenciais. Ele representa o começo e a continuidade da luta pelo progresso, a idéia de persistência e produtividade. Traz a imagem de tranqüilidade e segurança e um grande senso de responsabilidade. Fala também da conquista pela influência poderosa que possui, e traz a vitória consigo.
ASPECTOS POSITIVOS Representa também confiança, riqueza, estabilidade, liderança, domínio da inteligência e da razão sobre a emoção, desejo de aumentar o seu domínio sobre as coisas da vida. Representa a força por meio do sucesso material. Carrega em si sabedoria e senso de justiça. Exerce respeito sobre as outras pessoas, mas precisa do apoio de alguém confiável para realizar-se.
ASPECTOS NEGATIVOS
 Quando permite passagem aos aspectos negativos mostra um lado imaturo, falta de energia, indecisão, incompetência, futilidade, limitação, dogmatismo, fraqueza de caráter, imobilismo, medo da autoridade, ingenuidade e tirania.
INTERPRETAÇÕES DO ARCANO NO SENTIDO:
MENTAL: Inteligência equilibrada, que não despreza o plano utilitário.
EMOCIONAL: Acordo, paz, conciliação dos sentimentos.
FÍSICO: Os bens, o poder passageiro. Contrato firmado, fusão de sociedades, situação do acordo. Saúde equilibrada, mas com tendência à exuberância excessiva.
PALAVRAS SÁBIAS: Vemos que este arcano fala da proteção paternal. Firmeza. Afirmação. Traz como mensagem o poder da vontade inquebrantável, e a execução do que está resolvido.
Organize a sua vida. Coloque em ordem seus pensamentos, seus projetos, seu coração, sua casa, seus armários... Deixe pronta a sua vida para receber o fruto de seus sonhos. Às vezes devemos usar as nossas características masculinas: aguerrimento, tenacidade, firmeza, determinação, virilidade, comando, razão lógica, força, autoridade...
"Bem diga o trabalho de tuas mãos e no do pensamento coloque o coração..."
INFLUENCIA NA SUA VIDA Esse arcano influencia positivamente 65% da sua vida.
Arcano 5 - O Papa
SIMBOLOGIA O arcano do Papa representa penetração de Deus nos três mundos possíveis, o divino, o intelectual e o físico. Fala das virtudes que vencem os sete pecados capitais. Indica sabedoria e o sinal de obediêcia à ela. Mestre da ciência e dos mistérios sagrados, aquele que representa as inspirações do espírito e da consciência, a fertilização do espírito, o uso e o abuso do conhecimento esotérico ou ocultista.
ASPECTOS POSITIVOS É o grande pai da espiritualidade, que indica poder espiritual, autoridade, novos aprendizados, justiça, inteligência analítica, equilíbrio, dever moral, compaixão, bondade, consciência, um grande conselheiro e generosidade, é também a corporificação da autoridade e da lei. Cultua sua autoridade natural e preserva seu senso de justiça.
ASPECTOS NEGATIVOS No lado negativo pode vir a demonstrar vulnerabilidade, fragilidade, irracionalidade, moralismo estreito, superstição, conselheiro incompetente e ressentimento. Mostra também a dificuldade em se adaptar as novas circunstâncias ou a situações de mudança. Sem uso da razão não consegue dissipar as incertezas e as instabilidades que sempre rodeiam a vida.
INTERPRETAÇÕES DO ARCANO NOS SENTIDOS:
MENTAL: O Pontífice representa a forma ativa da inteligência humana, que traz principalmente as soluções lógicas.
EMOCIONAL:
 Sentimentos poderosos, afetos sólidos, solicitude, sem cair em sentimentalismos. O Pontífice indica os sentimentos normais, tal como devem ser manifestados na vida, de acordo com as circunstâncias.
FÍSICO: Equilíbrio, segurança na situação e na saúde. Segredo revelado. Vocação religiosa ou cientifica.
PALAVRAS SÁBIAS Perceba que este é o arcano do ato da bênção, da iniciação, do ensino. Emprego da Lei, e do dever. Fala de moral e consciência. Aponta para a busca de sentido, e para a chegada da hora da verdade, sugere confiança na indicação do caminho da salvação.
Muitas vezes, para podermos tomar uma boa decisão, para agirmos na direção certa, devemos ouvir alguém que tenha mais experiência. Assim, depois estaremos prontos para efetuar o nosso próprio julgamento.
"De ouvido te havia escutado, mas agora meus olhos te vêem e o meu coração te sente..."

INFLUENCIA NA SUA VIDA Esse arcano influencia positivamente 70% da sua vida.

Arcano 8 - A Justiça

SIMBOLOGIA O arcano da justiça é rerpresentado por uma mulher de olhar para frente que está sempre disposta a ouvir. Sugere equidade e imparcialidade, que indica a capacidade de decidir entre o certo e o errado. A Justiça está sempre erguida em postura de ação. Este arcano fala de um ideal de conduta para o homem, e sua capacidade para julgar todos os atos. É o equilíbrio entre o bem e o mal, a força moral e a integridade.
ASPECTOS POSITIVOS Indica virtude, integridade, recompensa e fala da administração imparcial de atitudes e de princípios morais, de acordo com o melhor interesse das pessoas envolvidas. A busca incansável pela verdade. Austeridade, imparcialidade, integridade, disciplina, prontidão, decisão, resolução e satisfação com o ego.
ASPECTOS NEGATIVOS Deve-se levar em consideração que toda ação produz uma reação e que seu espírito deve estar preparado para esse choque de forças, onde a imparcialidade é a arma mais adequada. Quando desequilibra-se os aspectos positivos deste arcano ele demonstra intolerância, abuso, excesso de severidade, punição, fanatismo, desordem, injustiça, cobranças e críticas.
INTERPRETAÇÕES DO ARCANO NO SENTIDO:
MENTAL: Clareza de juízo. Conselhos que permitem avaliar com justeza. Autoridade para apreciar cada coisa no momento oportuno.
EMOCIONAL
: Aridez, secura, consideração estrita do que se diz, possibilidade de cortar os vínculos afetivos, divórcio, separação. Este arcano representa um princípio de rigor.
FÍSICO: Processo, reabilitação, prestação de contas. Equilíbrio de saúde, mas com tendência a problemas decorrentes de excessos (obesidade, apoplexia), devido à imobilidade da carta.
PALAVRAS SÁBIAS Trata essencialmente de soluções boas e justas; equilíbrio, correção, abandono de velhos hábitos. Estabilidade e adaptação às necessidades. A liberdade para agir de acordo com a própria vontade, implica em assumir a responsabilidade pelo que virá.
"Edifica um altar em teu coração, mas não faças do teu coração um altar(uma pedra)”
INFLUENCIA NA SUA VIDA Esse arcano é neutro em nossas vidas e não a influencia positiva ou negativamente.

Arcano 6 - Os Enamorados

SIMBOLOGIA O Enamorado é um arcano que fala de uma encruzilhada, de um lado a virtude de outro o vício, cujas as alternativas se apresentam e obrigam a uma decisão. Indica indecisão, pois não há dominância. De qualquer maneira, os amantes tem como tema central o amor que só se realiza verdadeiramente com a liberdade de escolha, é a indecisão do ser humano frente a decisões difíceis, porém inevitáveis. Sem dúvida representa o momento de escolha entre dois caminhos em todos os aspectos da vida e a inquietação vivida por alguém que busca algo mas não encontra.
ASPECTOS POSITIVOS Trata de momento de escolha, liberdade, livre arbítrio, amor, união, visão para resolver problemas, confiança, necessidade de enfrentar provas, otimismo, cautela, coletividade, liberdade de emoção, nosso lado emocional. A solidão não é sua companheira. A harmonia na vida só acontece quando liberdade e responsabilidade estão bem dosadas.
ASPECTOS NEGATIVOS Aponta para a dispersão, falta de energia, dependência, insatisfação, separação, tentações perigosas, imprudência, inquietação, irresponsabilidade, vícios e hipocrisia.
INTERPRETAÇÕES DO ARCANO NO SENTIDOS:
Mental: Amor pelas belas formas e pelas artes plásticas.
Emocional: Dedicação e sacrifícios.
Físico: Os desejos, o amor, o sacrifício pela pátria ou pelos ideais sociais, assim como todos os sentimentos manifestados fortemente no plano físico. 
PALAVRAS SÁBIAS O arcano fala da integração de ambos os sexos ao poder gerador do universo. Aponta para afetos, união, decisões e responsabilidades. Não se deixe levar pela voz das emoções descontroladas quando for agir ou tomar uma atitude importante. A paixão é má conselheira.
"Trabalhos me dás Senhor e com eles forças..."
INFLUENCIA NA SUA VIDA Esse arcano é neutro em nossas vidas e não a influencia positiva ou negativamente.
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Em 1975, após grande apelo popular, protestos da imprensa e de setores profissionais, inicia-se a obra de reforma. Depois dela o prédio voltou a ser valorizado e tombado em 1992 pelo DPH, agora abriga setores da administração pública como a EMURB, COHAB, SEHAB, SEMPLA...
Uma nova reforma feita pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, permitiu descobrir vários afrescos e pinturas originais da época da construção que serão objeto de restauração pelo artista plástico Luis Martin Sarasá.
E continua o "banho" de cultura. Ande pelo terraço e continue dando asas a imaginação. Ele é amplo, muito largo entre as construções e o parapeito e deve ter sido palco e muitos amores, muitos dramas. Gente bonita, rica, culta convivendo sobre uma cidade em efervescência, só podia ser protagonista de histórias e histórias.

Olhar desse terraço vai dar uma ideia de um pedacinho da cidade que vale a pena ver e resgatar porque estaremos recontando a história de São Paulo.

Durante muito tempo o Martinelli foi considerado o prédio mais alto da cidade, só perdeu sua posição em 1947 quando o edifício Altino Arantes, sede do Banespa, com 36 andares e 161metros de altura foi inaugurado. Vale a pena visitar.
E numa visão de progresso, ao lado do Banespa, o novo prédio do Santander-Banespa todo preto e redondo, numa arquitetura moderna e já com seu heliporto indispensável. Um heliporto privativo, "adornado" por cavaletes para indicar que só podem pousar helicópteros autorizados. Questão de segurança

Agora, a visão do Edifício do Banco do Brasil, que junto com o Martinelli e o Banespa constituem os três gigantes de São Paulo. Bela visão dos três pode-se ter do cruzamento da rua Libero Badaró com a Av. São João, bem ao pé da ladeira São João.

Ainda do terraço o cenário à vezes é belíssimo, outras vezes deprimente, outras vezes simplesmente feio.

Dominando em altura, depois do Banespa, o prédio do Unibanco. Uma rua cumprida e estreita é a rua São Bento, mostrando bem o seu traçado antigo, dos primeiros tempos da cidade, quando ligava o Mosteiro de São Bento ao Largo São Francisco para maior contato entre os monges beneditinos e franciscanos. 
Visão da Igreja de Santo Antonio na praça do Patriarca. 
A Bolsa do Café, uma parte da Secretaria da Fazenda (na Av. Rangel Pestana), o Parque Dom Pedro II com seus viadutos e cruzamentos substituindo uma Várzea do Carmo anterior.
Mais ao longe, o Edifício São Vito, uma favela vertical, deteriorado e agora esperando uma reforma.
A cúpula da Catedral e o Palácio da Justiça podem ser identificados.
Um pedaço moderno de São Paulo - edifício do Metrô e um testemunho dos primeiros anos da cidade, o Mosteiro de São Bento. Agora, acrescido do Colégio São Bento.
Edifício Mirante do Vale, o mais alto edifício da cidade que nem é conhecido como tal porque erguido em um espaço mais baixo foi engolido pelos que estão em situação mais elevada.
Belíssima a visão do Vale do Anhangabaú, no momento em que ele cruza a Av. São João e que em sua última urbanização, prestigiou pedestres, com calçadão, fontes, água jorrando para refrescar a aridez de uma cidade em constante vai e vem de trabalho. Visão da comprida Av. São João até onde a vista alcança em direção à oeste da cidade.
Ao longe, um cantinho do Mercado Municipal, a torre da Estação Júlio Prestes.

Como era São Paulo sem o Edifício Martinelli

Ao lado de onde seria o prédio, construído em 1924, passava o 'imundo Anhagabahú 07 de junho de 2013 RoseSaconi

 
O prédio ainda em construção nos anos 1920. Acervo/Estadão

Quando o edifício Martinelli começou a ser construído, em 1924, o córrego Anhangabaú já estava canalizado havia duas décadas. No tempo em que corria a céu aberto, suas águas eram conhecidas pela sujeira e mau cheiro. Em 1875, moradores do Bexiga, publicaram reclamação sobre o "horripillante 'Anhagabahú' deposito de imundice e verdadeiro foco de infecção". O rio se estendia do vale à avenida São João e costumava transbordar.
O Estado de S. Paulo - 26/9/1875
 
Durante as obras do prédio, o comendador Giuseppe Martinelli teve de superar problemas, como um embargo que paralisou a construção, em 1925, além da resistência da população e de alguns engenheiros com o novo 'estilo vertical' de moradia que começava a surgir em São Paulo. Na edição do Estado de 26/9/1925 (abaixo) os engenheiros do prédio publicaram um comunicado informando sobre o embargo das obras.

Após o processo ter corrido na Justiça, as obras foram reiniciadas. Em 1929, o Estado publicou o laudo da vistoria com uma gravura da maquete do edifício.
O Estado de S. Paulo - 3/1/1929

O prédio foi finalmente inaugurado quase dez anos depois de iniciada sua construção. Para provar aos céticos paulistanos que era uma construção sólida, o próprio Martinelli mudou-se com a família para a cobertura.
Em 1944 foi rebatizado de Edifício América, mas o nome não pegou. Vencido o preconceito e as dificuldades, tornou-se símbolo da aristocracia e um dos locais mais luxuosos da cidade. Entre os inquilinos estavam clubes, sindicatos, escritórios de advocacia e sedes de partidos. Boates, restaurantes, hotel e cinema também tinham salas no Martinelli.
Nos anos 60 foi cenário de um crime nunca desvendado, o assassinato do garoto Davilson, violentado, estrangulado e jogado no poço do elevador.
A decadência começou com a proibição dos jogos, no final da década de 1930. Na metade da década de 70 transformou-se em um enorme cortiço. Em 1992, foi tombado pelo Condephaat.
O Estado de S. Paulo - 30/1/1947 
Localização dos Imigrantes no Mapa da Itália

Esse imigrante, chamado Giuseppe Martinelli, foi excepcionalmente bem sucedido e em pouco mais de duas décadas havia construído um respeitável patrimônio.

Desejoso por deixar um legado mais permanente de seu trabalho, além de sua importante empresa de navegação em Santos, o Comendador Martinellidecide erguer na cidade São Paulo o mais alto arranha-céu da América do Sul, o Edifício Martinelli.


Giuseppe Martinelli (nascido em Lucca -Toscana - Itália e 1870 e falecido no Rio de Janeiro em 1946, como Comendador Martinelli)) imigrou para o Brasil em 1888, mas não veio, como a maioria, para trabalhar na lavoura e sim na cidade. Ele chegou pelo vapor Santa Maria, tendo desembarcado no Rio de Janeiro, no dia 17 de Janeiro de 1889. Escolheu o comércio, ramo que oferecia maiores perspectivas de ganhar dinheiro para um recém-chegado a terras estrangeiras.

Uma pausa para digerir e assimilar essa over dose de história da cidade e aventura de ler nas alturas continua.
O primeiro encontro da Leitura nas Alturas foi no dia 06 de outubro, uma quinta feira, encontro que se estendeu das 14h às 19h. O livro escolhido foi "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector. Outros encontros foram em 10 de novembro, com a leitura e análise do livro "Macunaíma" de Mário de Andrade. Em 24 de novembro o livro lido e analisado foi "Sagarana" de Guimarães Rosa. Em 1 de dezembro a leitura e análise foi do livro "Memórias de um Sargento de Milícias" de Manuel Antonio de Almeida e em 8 de dezembro, foi escolhido "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis. Sempre das 14h às 19h.
Esperamos que em 2006 esse projeto cultural de São Paulo continue.
Sugestão - Leia uma ficção de Marcos Rey - "
O Último Mamífero do Martinelli" escrito em 1993 - Editora Ática
EDIFÍCIO MARTINELLI
 

Edifício Martinelli, o 1ª arranha-céu de São Paulo, com 30 andares e 130 metros de altura, que agora foi aberto ao público para visitação monitorada. Ele foi projetado e arquitetado por seu proprietário, o italiano Giuseppe Martinelli e inaugurado em 1929.
Para mim, teve um sabor especial, principalmente por causa do livro O último mamífero do Martinelli (1995), do escritor Marcos Rey, que eu admiro muito. Tenho várias obras dele, tanto para o público juvenil quanto adulto. Seus romances, ambientados na São Paulo dos anos 50, 60, são deliciosos de ler. Sou uma superfã. Infelizmente, sua produção terminou em 1999, data de sua morte, aos 74 anos. Deixou-nos personagens marcantes, de todos os tipos. Seus livros continuam sendo relançados e são sucesso de público até hoje.
Enfim, depois de uns bons anos, reli O último mamífero do Martinelli para a minha visita ficar mais emocionante. E ficou. Imaginei-me seu personagem, um homem solitário que buscava refúgio no edifício, fechado há algum tempo aguardando reforma (entre as décadas 60 e 70, época de sua decadência, o prédio foi invadido, servindo para pequenos comércios, ponto de venda de drogas, contrabando, e por aí vai, até que os invasores foram retirados pela prefeitura e o prédio reformado e entregue em 1975). Seu personagem, procurado pela polícia, na época da ditadura, vai morando lá, encontrando objetos nos apartamentos que lhe rendem algum dinheiro para a sobrevivência. Faz relação dos objetos aos possíveis antigos moradores, acaba vendo nisso mais que um passatempo detetivesco para os seus dias de solidão, mas também um prazer.
Esta é a Casa do Comendador, no 26º andar, onde morava o senhor Giuseppe Martinelli.
 Contam que ele construiu a sua casa no alto para que ninguém duvidasse da segurança do edifício.
 
Aqui, o piso de mármore carrara, trazido da Itália, na época, é original.


Em 1924 deu início à construção do prédio projetado para ter 12 andares, num grande terreno na então área mais nobre da capital, entre as ruas São Bento, Líbero Badaró e avenida São João. O autor do projeto era o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena.

Todo o cimento da construção era importado da Suécia e da Noruega, pela própria casa importadora de Martinelli. Nas obras trabalhavam mais de 600 operários. 90 artesãos, italianos e espanhóis, cuidavam do esmerado acabamento. Os detalhes da rica fachada foram desenhados pelos irmãos Lacombe, que mais tarde projetariam a entrada do túnel da av. 9 de Julho. Diversos imprevistos prolongaram as obras: as fundações abalaram um prédio vizinho – problema resolvido com a compra do prédio por Martinelli; os cálculos estruturais complexos levaram à importação de uma máquina de calcular Mercedes da Alemanha.
Enquanto isso, Martinelli não parava de acrescentar andares ao edifício, estimulado pela própria população que lhe pedia uma altura cada vez maior – de 12 passou para catorze, depois dezoito e em 1928 chegou a vinte. Nessa época o próprio Martinelli já havia assumido o projeto arquitetônico, e, não se satisfazendo em fiscalizar diariamente as obras, também trabalhava como pedreiro – retomando assim a profisssão que exercera na juventude na Itália – e demonstrava enorme prazer em ensinar aos operários mais jovens os macetes da profissão.

Quando o prédio atingiu vinte e quatro andares, foi embargado, por não ter licença e desrespeitar as leis municipais – havia um grande debate na época sobre a conveniência ou não de se construir prédios altos na cidade. A questão foi parar nos tribunais e assumiu contornos políticos, sendo aproveitada pela oposição para fustigar Martinelli e a prefeitura municipal. A questão foi resolvida por uma comissão técnica que garantiu que o prédio era seguro e limitando a altura do prédio a 25 andares. O objetivo de Martinelli, contudo, era chegar aos 30 andares, e o fez construindo sua nova residência com cinco andares no topo do prédio – tal como Gustave Eiffel fizera no topo de sua torre. 
O Martinelli impressionava não só pelas dimensões como pela rica ornamentação e luxuoso acabamento: portas de pinho de Riga, escadas de mármore de Carrara, vidros, espelhos e papéis de parede belgas, louça sanitária inglesa, elevadores suíços – tudo o que havia de melhor na época; paredes das escadas revestidas de marmorite, pintura a óleo nas salas a partir do 20º andar, 40 quilômetros de molduras de gesso em arabescos.

O prédio possui reentrâncias, comuns nos hotéis norte-americanos da época, para ventilação e iluminação, e apresenta as três divisões básicas da arquitetura clássica: embasamento, corpo e coroamento. O embasamento é revestido de granito vermelho; no coroamento, falsa mansarda de ardósia. O corpo é pintado em três tons de rosa e recoberto de massa cor-de-rosa, uma mistura de vidro moído, cristal de rocha, areias muito puras e pó-de-mica, que fazia a fachada cintilar à noite. O revestimento tem três tons de rosa. O Martinelli inspirou Oswald de Andrade a chamar pejorativamente São Paulo de “cidade bolo de noiva”.
Entre os inquilinos do prédio, partidos políticos como o PRP, jornais, clubes (ente eles o Palmeiras e a Portuguesa), sindicatos, restaurantes, confeitarias, boates, um hotel (São Bento), o cine Rosário, a escola de dança do professor Patrizi. O tino comercial do Comendador Martinelli se revelava até nas empenas cegas do prédio, que serviam de outdoor gigante para uma série de produtos, entre eles a “pasta dental Elba”, o “café Bhering” e a aguardente Fernet Branca – importada pelo próprio Martinelli.

Mesmo antes de sua conclusão o prédio já havia se tornado um símbolo e ícone de São Paulo – em 1931 o inventor do rádio, Guglielmo Marconi, visitou a cidade e foi levado até o topo do edifício. Quando o Zeppelin sobrevoou a cidade em 1933, deu uma volta em torno do Martinelli.
Contudo, para o Comendador a construção do prédio acarretou sérios problemas financeiros, e em 1934 foi forçado a vender o edifício para o governo da Itália. Em 1943, com a declaração de guerra do Brasil ao eixo, todos os bens italianos foram confiscados e o Martinelli passou a ser propriedade da União, tendo inclusive sido rebatizado com o nome de Edifício América.
Com o fim da II Guerra, a cidade entrou em uma fase de enorme progresso que se refletiu em um boom imobiliário. Em 1947 o Martinelli perdeu o título de prédio mais alto de São Paulo para o vizinho Edifício do Banco do Estado. Porém o prejuízo foi a construção da massa gigantesca do Banco do Brasil do outro lado da av. São João no início dos anos 50, fazendo sombra ao Martinelli – que se tornou assim vítima da própria verticalização da qual tinha sido pioneiro.

Nas décadas de 60 e início da de 70, o prédio entra em rápida decadência por uma série de fatores. O prédio se torna uma favela vertical, ocupado por famílias de baixa renda (o Martinelli era uma das poucas opções de moradia barata no centro) em péssimas condições de salubridade. O cenário é de um verdadeiro filme de terror. Nos corredores compridos e sombrios, onde crianças brincavam em meio à promiscuidade, espreitavam ladrões e prostitutas. Os elevadores pararam de funcionar; o lixo deixou de ser recolhido e passou a ser jogado nos poços de ventilação– as montanhas de lixo atingiam dezenas de metros de altura, e permeavam o prédio com um cheiro de morte.
O Martinelli passou a cenário de vários crimes de grande repercussão nos anos 60, como o do menino Davilson, violentado, estrangulado e jogado no poço do elevador. O assassino nunca foi encontrado. Em meio à miséria e à degradação humana, uma igreja evangélica funcionava no 17º andar, atraindo os infelizes e desesperançados moradores do edifício.
Então, em 1975 o recém-empossado prefeito Olavo Setúbal decidiu salvar o edifício. Desapropriou o prédio – foi necessária a intervenção do exército para retirar os moradores mais renitentes – e deu início à restauração. O responsável pelas obras foi o Engenheiro Walter Merlo, chefiando 640 operários. Os sistemas hidráulico e elétrico foram totalmente substituídos, novos elevadores foram instalados, a fachada foi limpa com jateamento de areia. Um moderno sistema de prevenção a incêndios foi instalado, tornando o Martinelli um dos mais seguros da cidade. Em 1979 foi reinaugurado, sendo ocupado por diversas repartições municipais, como a Emurb e a Cohab.
O EDIFÍCIO MARTINELLI
É oportuno escrever sobre o edifício Martinelli porque nesta segunda feira, 26 de julho de 2010 ele vai ser aberto à visitação depois de mais uma reforma. Então, repetindo uma antiga postagem aqui vai um texto sobre ele. 

Ainda na década de 20, mais precisamente em 1925, começou a ser erguido o pai dos arranha-céus paulistanos, o Edifício Martinelli. Este prédio tem toda uma história.

Marco arquitetônico foi destaque naquele momento, inovador, e apontou o futuro da edificação da cidade. Com uma altura de 130 (ou 105) metros, seus 30 andares mudaram a paisagem, a evolução urbana da cidade. Tinha o sentido vertical e a estrutura em concreto armado.

Ocupa meio quarteirão da rua de São Bento, meio quarteirão da rua Líbero Badaró e toda a ladeira São João.

Em pleno  funcionamento em 1929, o Prédio Martinelli era um sucesso. Na rua  de São Bento, o famoso Cine Rosário, barbearias, lojas e o luxuoso hotel São Bento na Líbero Badaró,  com 60 apartamentos de primeira linha que possuíam banheiros privativos e telefones automáticos; havia também uma escola de dança e residências.

Na metade do século XX, o abandono e a ocupação desordenada mudaram o aspecto e o cotidiano do Prédio. Por descaso das autoridades, falta de planejamento e de política habitacional, o Prédio Martinelli transformou-se  num imenso cortiço, onde se improvisaram vários cômodos que abrigavam um enorme numero de famílias.Em 1975, após , protestos da imprensa e de setores profissionais, a Prefeitura  inicia a obra de reforma.

A história do edifício começa com o comendador Martinelli imigrando para o Brasil em 1888

Giuseppe Martinelli não veio, como a maioria, para trabalhar na lavoura e sim na cidade. Ele chegou pelo vapor Santa Maria, tendo desembarcado no Rio de Janeiro, no dia 17 de Janeiro de 1889. Escolheu o comércio, ramo que oferecia maiores perspectivas de ganhar dinheiro para um recém-chegado a terras estrangeiras.

Em 1906, Martinelli  e sócios já tinham uma  casa bancária em Santos e em São Paulo e começaram a ser procurado para representar firmas exportadoras italianas.   Durante a I Guerra em 1915, formaram uma frota própria de navios, para tentar suprir a falta de transporte acarretada pela guerra.
Assim, em pouco mais de 30 anos, Martinelli fez fortuna. 

A popularidade de Giuseppe Martinelli, no entanto, veio-lhe, sobretudo da atuação que teve na capital paulista ao construir o prédio que seria o primeiro arranha-céu da cidade e da América do Sul.

O local escolhido por Giuseppe Martinelli para edificar sua torre foi o coração da metrópole do café, uma das zonas mais movimentadas e elegantes do centro. Na praça Antonio Prado havia o Palacete João Briccola, as sedes dos jornais Correio Paulistano e A Notícia e conhecidas confeitarias de luxo, como a Castelões e a Brasserie Paulista, com  bancos e o comércio elegante na Rua XV de Novembro. Nas proximidades, o serviço dos Correios e Telégrafos.

Sua construção demorou oito anos.

Não tendo apoio governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vender ao "Instituto Nacional de Crédito per il Lavoro Italiano a L'Estero", uma parte de seu empreendimento.   O edifico só foi inaugurado em 1929 e foi uma declaração de amor do imigrante italiano à cidade onde fizera fortuna.

O prédio Martinelli foi projetado para ter 17 andares.  Mas, o Comendador resolveu subir a construção até o 24º andar.  A Prefeitura embargou a obra, mas ele não ligou e prosseguiu na construção.  Diante da insistência do idealizador a administração municipal convocou uma equipe para testar a viabilidade dos sete andares adicionais. Foram feitas sugestões quanto aos materiais mais leves.

Mesmo chegando ao final dos 24 andares, ainda havia desconfiança quanto à solidez do prédio.  Para provar que se tratava de uma edificação robusta, o comendador determinou a construção de sua própria casa no topo – uma mansão equivalente a mais seis andares.  Foi nessa “cobertura” do Martinelli, que a alta sociedade paulistana viveu alguns de seus momentos mais glamourosos nas décadas de 20 e 30.

Com 30 andares e 105 (ou 130) metros de altura, o Martinelli finalmente ficou pronto em 1929.  Só perdeu sua posição de prédio mais alto da cidade 10 anos depois com o edifício sede do Banespa, com 36 andares.

A parte externa do Martinelli é toda de pedras rosadas trazidas da Itália. No interior, mármores de Carrara cobrem os pisos e os 1057 degraus. As ferragens são inglesas, as portas de pinho-de-riga; tem 2330 janelas e 1880 salas e apartamentos.

Sugestão de leitura – O Ultimo Mamífero do Martinelli – Marcos Rey

Foto muito especial de Rodrigo Capote/Folhapress dá ênfase ao palacete de Giuseppe Martinelli dono do prédio e situa o espaço com  a banespa ao fundo.               
 
                                                      Martinelli por volta de 1937-38


                       Foto de Rodrigo Capote/Folhapress - casa do Comendador Martinelli, tendo ao fundo o  Edificio Altino Arantes – Banespa

Italiani (Urbanismo) - Giuseppe Martinelli e a história do arranha-céu paulistano de 1929 - 1

Na cosmopolita São Paulo dos anos 20 e 30 do século XX, muitos italianos que haviam deixado seu país de origem para recomeçar a vida em terras brasileiras já trilhavam caminhos bem sucedidos. Um deles foi o Giuseppe Martinelli, a quem a cidade de São Paulo deve um de seus preciosos tesouros em termos de arquitetura: o Edifício Martinelli. Natural de Lucca, Giuseppe Martinelli, que por ofício era mestre-de-obras, deixou sua cidade natal em 1892, aos 22 anos de idade.

Ao chegar ao Brasil trabalhou em um açougue e foi mascate nas fazendas cafeeiras. “Eles vieram para vencer e, para tanto, lutaram muito. Suas histórias de vida me comovem, sobretudo quando penso que deixaram a pátria para trás, os parentes e sua cultura, para um mundo desconhecido, onde sofreram preconceito, pois vieram, de modo geral, para substituir o braço escravo” analisa Maria Cecília Naclério Homem, autora do livro O Prédio Martinelli - A ascensão do imigrante e a verticalização de São Paulo”.

A vida de mudou quando foi convidado pela firma Fratelli Fiaccadori para abrir uma casa de despachos em Santos. Depois de alguns anos, Giuseppe saiu da Fiaccadori e junto com um dos seus irmãos fundou a Fratelli Martinelli, que em 1906 já era uma empresa bem sucedida. Em 1911, Giuseppe rompeu com seu irmão e criou a “Sociedade Anônima Matinelli que prosperou ainda mais.

O grande salto da empresa se deu em 1915, durante a primeira Guerra Mundial, quando formou uma frota própria de navios a fim de suprir a falta de transportes. Em 1922 a frota chegava a 22 unidades. Martinelli estava em ascensão e logo transformou-se em armador, era um dos homens mais ricos de São Paulo. Financeiramente no auge, chegava a hora de realizar seu antigo sonho, queria deixar uma marca na cidade, causar impacto. Decidiu construir o prédio mais alto da cidade até então.
A construção durou cinco anos. O Martinelli (o prédio levou o nome do seu idealizador) é um edifício que traz incrustrado em sua história vários marcos. Para erguer o “monumento”, que marca a verticalização da cidade de São Paulo, o conde contratou o engenheiro-arquiteto húngaro, William Fillinger que usou, pela primeira vez, o “concreto armado” um novo conceito na engenharia civil da época. Além disso, a maioria dos materiais usados durante as obras foi importada, como por exemplo, o cimento, que veio da Suécia e da Noruega. Inicialmente, o prédio estava projetado para abrigar 14 andares, com a possibilidade de ir até o décimo oitavo andar.Todos olhavam a construção com enorme desconfiança, muitos acreditavam que ele iria cair. Os boatos de que o prédio viria abaixo ganharam ainda mais força quando, durante as escavações, começou a minar água no subsolo. Foi preciso grande esforço dos técnicos e engenheiros para drenar a água e desviá-la do caminho do edifício. A obra foi evoluindo e as dificuldades foram aumentando. Em 1928 o conde Martinelli resolveu aumentar o tamanho do edifício chegando a 20 andares.
Nesse ponto todos esperavam que a obra terminasse por aí, mas o conde queria mais. A construção chegou a ser embargada. Mas, usando materiais mais leves, o conde conseguiu o direito de construir mais cinco andares, mas ainda não estava satisfeito. Ele estava próximo de realizar o sonho de alcançar 30 andares, e assim o fez. A área total do prédio chegava então aos 50.000m2 alcançando uma altura de 105,65 metros. Para provar que seu empreendimento não cairia resolveu construir sua residência no alto do edifício. Em 1929, Giuseppe Martinelli mudou-se para o edifício com a família. 

Do luxo ao lixo
Começou em 1934 o processo que levou o edifício a uma fase de decadência e abandono. Por conta de problemas financeiros, Giuseppe Martinelli teve de vender o edifício ao governo italiano, porém durante a Segunda Guerra o Brasil expropriou e leiloou as dependências do prédio.
Houve uma ocupação desordenada por volta da década de 60 e 70 e o edifício se transformou em uma espécie de cortiço, devido aos baixos preços e a área central que já se mostrava decadente.

Sobrenome
À medida em que as pessoas se multiplicavam, tornou-se necessário distinguir umas da outras, surgindo, assim, os nomes próprios. E, quando estes não mais eram suficientes, várias formas de nomear foram adicionadas, mostrando ascendência, profissão, origem ou alguma outra característica que diferenciasse as pessoas que viviam numa única comunidade.

         A partir daí, surgiram os sobrenomes, que deram origem às nossas ramificações familiares. Através das pesquisas onomásticas (ramo da linguística que explica os nomes próprios) viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de descobrir a história e o significado do seu sobrenome.
Brasão


Chama-se Heráldica a arte de formar e descrever Brasões de Armas, também designada Armaria ou Arte do Brasão. Teve seu princípio por volta do século XII, contudo sua origem vem a ser mais remota do que se pensa. Os símbolos pessoais e familiares são antiquissimos e a Heráldica surge no momento em que estes símbolos foram utilizados dentro dos escudos de combate.
         Através das pesquisas viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de conhecer e resgatar a antiga tradição do uso e porte do Brasão, que representa a dinastia de sua familia através dos séculos.
O Memorial do Imigrante é uma instituição pública localizada na sede da extinta Hospedaria dos Imigrantes, no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, onde se concentra grande quantidade de documentação sobre a imigração para o Brasil na passagem do século XIX para o XX.
 
A Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo, em 1910- Imigrantes europeus posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo, ca. 1890
A respeito do local ideal para a construção da Hospedaria de Imigrantes, consta do relatório apresentado pelo governo da província à Assembléia Legislativa provincial no dia 15 de fevereiro de 1886:
"...autorizando a construção do novo edifício para a Hospedaria, determinou que esta ficasse situada nas proximidades das linhas férreas do Norte e Inglesa. O terreno da Luz (já então adquirido) fica próximo só da segunda destas linhas".
Em relatório da Repartição de Obras Públicas, apresentado em 15 de novembro de 1887, lia–se:
"...foram iniciados no correr de julho do mesmo ano (1886) os trabalhos de construção do alojamento de imigrantes e a 7 de junho próximo passado, isto é no intervalo de 10 ½ meses, já se achavam concluídas as seguintes obras:
1.     Ala longitudinal do edifício principal medindo a extensão de 75 metros;
2.     Refeitório e dependências;
3.     Estação–armazém com latrinas para homens;
4.     Lavanderia com tanques e latrinas para mulheres.
Entregue a 19 de junho ao serviço da Inspetoria da Imigração a parte edificada pode já prestar–se a acomodar cerca de 1200 imigrantes."
A antiga hospedaria em contraste com as grandes edificações do século XXI.

Memorial do Imigrante
 
O Memorial do Imigrante é uma instituição pública localizada na sede da extinta Hospedaria dos Imigrantes, no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, onde se concentra grande quantidade de documentação sobre a imigração para o Brasil na passagem do século XIX para o XX.
Papa Francisco com a Família Martinelli



"A Itália é indescritível. Não é apenas o país mais belo do mundo; 
é qualquer coisa fora e acima deste mundo, assim mais ou menos pendurada a meio caminho entre o céu e a terra 
[...] a gente italiana é, entre todas, a mais bonita e a mais simpática, 
a mais humana de todas, a mais alegre."
(João Guimarães Rosa, Carta aos pais. Paris, 3.9.1950).

 


16 comentários:

  1. Olá professora Lúcia, fiquei admirado com o seu trabalho, também sou da família Martinelli mas, pelo que sei, por um erro de cartório os meus antepassados inclusive eu, temos o nome Martinelli sem um dos "L" ficando assim Martineli. E meu avô Materno se chamava Dionísio Martineli e o seu pai Bernardino Martineli e todos eram de Montenegro RS. Gostaria de saber se o nome Martinelli com um "L" pelo que você pesquisou é claro se você sabe me responder, se é um erro de cartório ou é uma família distinta da outra? Muito obrigado!

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  2. É UM ERRO DE CARTÓRIO, SIM. MEU IRMÃO TAMBÉM FOI REGISTRADO COM UM L SÓ

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  3. Boa tarde. Sou arquiteta. Meu nome é Tereza Myre Dores Vicente. Existe alguma foto do quarto na cobertura do edificio aonde o Comendador Martinelli morava? Interiores da época do imóvel? Agradeço e parabéns pelo trabalho. Grata.

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  4. Cara senhora Professora, que maravilha encontrar seu blog nesta manhã de domingo, vou ler pedaço por pedaço dos textos, porque esse sangue MARTINELLI tambem corre nas minhas veias.

    Parabens por trazer tanta alegria, muito obrigado,

    Gladimir José Martinelli Santin
    Erechim Rs
    Dongiuseppesantin@gmail.com

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    1. Tem mais e Genealogia da familia Grando Martinelli.
      Abraço

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  5. Minha avó chama Judite Martinelli minha mãe Maria Elizabete Martinelli minha avó tem parentes na Itália como faço uma árvore genealógica

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    1. Procure em Genealogia da familia Grando Martinelli.Eu tenho uma tia chamada Judith Martinelli que casou com Atilio Dossa..Abraço

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  6. Voce é uma mulher linda pra caramba,meu deus,apaixonei.

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    1. kkkkk
      Obgrigada, um elegio sempre faz bem.
      Abraço

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  7. Prezada Lúcia, parabéns pela documentação! A história da família é uma riqueza que deve ser cultivada e preservada.
    Meu nome é Alexandre Martinelli e sou do interior de São Paulo. Meu avô paterno era italiano e veio para o interior de São Paulo. Seria interessante descobrir a genealogia da família Martinelli entre nossos antepassados. Abraços.

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    1. Oi, tudo bem?
      vc pode acessar genealogia da familia Martinelli e verificar se somos do mesmo ramo. meu bisavô veio para Bento Gonçalves, atual Pinto Bandeira RS em 1876

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  8. Boa noite, professora! Sou da família Martinelli, mas minha linhagem é de Ernesto Martinelli, irmão de Carlo Martinelli, seu trisavô.
    saberia me informar algo sobre o irmão do seu trisavô...se ele veio casado da Italia ou casou-se no brasil?
    infelizmente minha família deixou nao se preoucupou em guardar fatos e recordacoes da nossa parte.
    se puder me dr alguma luz...agradeco
    obrigada
    clemires

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  9. Vc vai encontrar em genealogia da família Martinelli

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  10. Clemires entre em contato comigo.

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  11. Bom dia professora Lucia! Sensacional o seu trabalho. O meu nome é Siomara Martinelli sou neta de Aurélio e Inocência Martinelli.

    Abs

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  12. Lindo trabalho de pesquisa sobre a árvore genealógica da sua família! Parabéns! Deus abençoe.

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Adoro ler seu comentário! Beijos!

Eu sou Lúcia Martinelli

PROFESSORA LUCIA MARTINELLI

PROFESSORA LUCIA MARTINELLI
ATIVIDADES E PROJETOS