21.8.11

PALÁCIO DA FAMÍLIA MARTINELLI EM SÃO PAULO BRASIL



foto

PALACETE DA FAMILIA MARTINELLI - Flamengo - 1952

Sempre o arquiteto italiano Virzi nos surepeendeu com suas obras psicodelicas, como a casa dos Smith vasconcelos na Avenida Atlantica, o predio do Elixir Nogueira e outras...
Aqui temos a casa da familia Martinelli que ficava na Avenida Oswaldo Cruz, no Flamengo. Foi demolida e em seu lugar há um pombal de apartamentos.
(foto disponivel em tamanho maior clicando em ALL SIZES. So para contatos)

Eu nunca vi uma foto "panorâmica" dessa casa. O edifício que existe no lugar é ENORME, não sei se ele ocupava só o terreno desta casa.
Há bastante tempo eu li em algum lugar (acho que foi no jornal de bairro do Globo) que a área de lazer da casa, na encosta do Morro da Viúva, foi preservada.
Existe ainda na rua Marquês de Abrantes uma casa de estilo parecido, que ficou muito tempo abandonada e recentemente foi restaurada. Acho que pertence ao Senac.
Sr. Tutu,
há uma lenda urbana que diz que uma cigana havia vaticinado que no dia que as obras da casa terminassem o dono morria.
Vai daí, o dono (não sei se o próprio Martinelli ou a viuva) não pararam de fazer obras, inclusive ocupando morro acima. Não sei se é verdade.
Sendo bem honesto, já ouvi também essa história atribuida a outros casarões e a outros milionários impressionáveis.
E olhando a foto, não resta dúvidas porque o povilhéu chamava a mansão de "bolo de noiva".
A demolição da residência Martinelli foi um crime contra a cidade, rolou aquele negócio que conhecemos bem.
Tomba, não tomba, aí quando o poder público vai tombar a especuladora, já detonou tudo !!
Por isso eu não tenho a mínima pena dos moradores do Leblon reclmando das APACS, na realidade eles queriam vender tudo para as CHL's da vida
A demolição desta Casa Martinelli (no inicio dos anos 70) foi, como disse o André, um verdadeiro crime. Se não me engano o Perfeito era o Marcos Tamoio - figura desqualificada diria, abertamente, um corrupto incorrigivel. Lamentável.
PALACETE MARTINELLI
Flamengo
1952

Conforme falei em outra oportunidade, farei postagens que já foram feitas nos antigos endereços do CARIOCA DA GEMA (Fotolog.com e Flickr), para dar a oportunidade de serem revistas e vistas, para quem não as viu.

A de hoje é uma repostagem do Palacate Martinelli, obra do excêntrico arquiteto italiano Virzi, que também projetou a casa dos Smith vasconcelos na Avenida Atlantica, o predio do Elixir Nogueira e outras...

Reza a lenda urbana que uma vidente (cigana?) teria previsto que auando a obra desta casa terminasse o proprietário morreria. A casa não ficou pronta em sua totalidade.

Foi demolida nos anos 70, com aquela lenga lenga do tomba-destomba, e enquanto isso era demolida.

Ficava na Av. Oswaldo Cruz, e em seu lugar há um enorme pombal de apartamentos.

Um crime contra a cidade do Rio e a arquitetura carioca.

o palacete Martinelli ocupava o número 149 da Oswaldo Cruz. Tinha um terreno de 34 mil m2, que chegava ao topo do Morro da Viúva.
Em 76 foi demolido e a Sérgio Dourado (lembra?) lançou o condomínio Signore Del Bosco, atualmente Ed. Martinelli, que manteve o nº 149. 

Em 28/03/2008, às 19:46:48, Rouen | fotolog disse:
Por estar na minha jurisdicao conheci bem esta casa , nas minhas andancas quando crianca pelo topo do Morro da Viuva costruumava pular o muro literalmente e andar pelos jardins ate o momento de saltarem os cachorros na turma.
Hoje que vejo as maluquices que faziamos, do alto do morro desciamos pela pedra, sem corda sem nada para o patio interno da Comercial e Maritima que ficava ao lado da Propac, as duas revendas de Automoveis. Hoje em dia ainda resta a capela no topo do morro onde vou frequentemente rezar pelos pobres coitados que destruiram esta maravilha.
Lembro que assisti toda esta epopeia, varios colecionadores compraram as estatuas que guarneciam os jardins. Lembro muito bem os Cadillacs pretos que guaneciam a grande garagem que ficava do lado direito. Tambem escutei muito a lenda que quando a casa ficasse prota a dona morreria, ela sempre inventava uma obra a mais.O dia que inventarem uma maquina de capturar imagens do celebro farei uma serie de postagem no "Arqueologia" RS!



Ao lançar em São Paulo o projeto "Leitura nas Alturas" o SESC Carmo pretendeu até o final do ano promover a leitura de livros indicados para a Fuvest com a complementação de palestras com especialistas.
O projeto se desenvolve nos altos do Prédio Martinelli, mais precisamente no seu terraço. Além do objetivo direto do programa, paralelamente se motiva um conhecimento maior da cidade, com a oportunidade dos participantes conhecerem um dos ícones de São Paulo, o Prédio Martinelli e ter uma visão - do alto - do centro histórico da cidade.

Conhecer o espaço onde se desenvolve o projeto também é cultura. E o Martinelli tem história, que se inicia com Giuseppe Martinelli.

Giuseppe Martinelli (nascido em Lucca -Toscana - Itália e 1870 e falecido no Rio de Janeiro em 1946, como Comendador Martinelli)) imigrou para o Brasil em 1888, mas não veio, como a maioria, para trabalhar na lavoura e sim na cidade. Ele chegou pelo vapor Santa Maria, tendo desembarcado no Rio de Janeiro, no dia 17 de Janeiro de 1889. Escolheu o comércio, ramo que oferecia maiores perspectivas de ganhar dinheiro para um recém-chegado a terras estrangeiras.
Em 1906, Martinelli e sócios já tinha uma casa bancária em Santos e em São Paulo e começara a ser procurado para representar firmas exportadoras italianas. Durante a 1ª Grande Guerra em 1915, formaram uma frota própria de navios, para tentar suprir a falta de transporte acarretada pela guerra.
Assim, em pouco mais de 30 anos, fizera fortuna, de uma fama que se poderia qualificar de característica do homem que se fez por si.
A popularidade de Giuseppe Martinelli, no entanto, veio-lhe, sobretudo da atuação que teve na capital paulista ao construir o prédio que seria o primeiro(?) arranha-céu da cidade e da América do Sul.

Em 1925, foi que começou a ser erguido o "pai" dos arranha-céus paulistanos - o "avô" é o Edifício Sampaio Moreira - o Edifício Martinelli. Marco arquitetônico foi destaque naquele momento, inovador, apontou o futuro da edificação da cidade. Com uma altura de 130 metros, seus 30 andares mudaram a paisagem, e a evolução urbana da cidade. Foi um divisor de águas e depois dele começou a verticalização de São Paulo.

O local escolhido por Giuseppe Martinelli para edificar sua torre foi o coração da metrópole do café, uma das zonas mais movimentadas e elegantes do centro. Nas vizinhanças estava a Praça Antonio Prado onde havia o Palacete João Brícola, as sedes dos jornais "Correio Paulistano" e "A Notícia" e conhecidas confeitarias de luxo, como a Castelões e a Brasserie Paulista, ao lado dos bancos e do comércio elegante na Rua XV de Novembro.O local escolhido por Giuseppe Martinelli para edificar sua torre foi o coração da metrópole do café, uma das zonas mais movimentadas e elegantes do centro. Nas vizinhanças estava a Praça Antonio Prado onde havia o Palacete João Brícola, as sedes dos jornais "Correio Paulistano" e "A Notícia" e conhecidas confeitarias de luxo, como a Castelões e a Brasserie Paulista, ao lado dos bancos e do comércio elegante na Rua XV de Novembro. Logo adiante vai ser construido o prédio dos Correios e Telégrafos

Não tendo apoio governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vende-la ao "Instituto Nacional de Crédito per il Lavoro Italiano a L'Estero, perdendo aquilo que lhe era mais caro e pelo qual havia lutado grande parte de sua vida. Foi para o Rio de Janeiro refazer sua fortuna e quando vinha para São Paulo procurava não passar em frente ao prédio de desgosto pela sua perda".

A parte externa do Martinelli é toda de pedras rosadas trazidas da Itália. Tem 130 metros de altura e no interior os mármores de Carrara cobrem os pisos e os 1057 degraus. As ferragens são inglesas, as portas de pinho-de-riga; tem 2330 janelas e 1880 salas e apartamentos. Todo o cimento para a construção veio da Suécia e Noruega por meio da empresa importadora de Martinelli. Nele trabalharam 600 operários e mais de 90 artesãos foram encarregados da fachada desenhada pelos irmãos Lacombe.
O Martinelli ocupa meio quarteirão da rua São Bento, meio quarteirão da rua Líbero Badaró e toda a ladeira São João. Foi projetado pelo arquiteto húngaro Willian Fillinger para ter 17 andares. Mas, o Comendador resolveu subir a construção até o 24º andar. A Prefeitura embargou a obra, mas ele não ligou e prosseguiu na construção. Diante da insistência do idealizador a administração municipal convocou uma equipe para testar a viabilidade dos sete andares adicionais. Foram feitas sugestões quanto aos materiais mais leves. Mesmo chegando ao final dos 24 andares, ainda havia desconfiança quanto à solidez do prédio. Para provar que se tratava de uma edificação robusta, o comendador determinou a construção de sua própria casa no topo - uma mansão equivalente a mais seis andares. Enquanto durou a construção dos últimos andares, Martinelli passou a residir no 9º andar.

Foi nessa mansão de "cobertura" do Martinelli, que a alta sociedade paulistana viveu alguns de seus momentos mais glamourosos na década de 30. Das festas podia-se observar uma São Paulo luminosa, sem poluição ainda, mas às vezes encoberta pela garoa e neblina. Essa mansão era uma extravagância em cima de outra extravagância. Era um "mundo exclusivo onde não chegava a pressão do cotidiano, seus ruídos, . sua vulgaridade, o suor, o pecado" "Seus terraços tinham como ornamento maior o sol e o vento" - Marcos Rey - O Último Mamífero do Martinelli

Andando agora por esse terraço que rodeia toda a mansão, a imaginação trabalha com a visão do protagonista da história de Marcos Rey, um ativista político da época da ditadura que se esconde dentro do edifico vazio e que sobe a pé os 26 andares do prédio para tomar, nu em pelo, seus banhos nas chuvas mais fortes. É o passado se intrometendo no presente.

Em pleno funcionamento em 1929, o Prédio Martinelli era um sucesso. Na rua São Bento, o famoso Cine Rosário - luxuoso com suas poltronas estofadas e lançamentos em primeira mão. Barbearias e lojas conceituadas eram seus visinhos. O famoso hotel São Bento, na rua Líbero Badaró, com 60 apartamentos de primeira linha, banheiros privativos e telefones automáticos, também era no prédio.
Havia também uma escola de dança e residências.

Em 1932, os terraços, pela sua posição privilegiada abrigavam uma bateria de metralhadoras antiaéreas para defender São Paulo do ataque dos chamados "vermelhinhos", os aviões do governo da República que sobrevoavam a cidade, ameaçando bombardeá-la. Felizmente não se repetiu o que tinha acontecido na revolução de 1924.

Em 1936, quando da vinda do dirigível Hindenburg para São Paulo, foi ao redor do Martinelli que ele sobrevoou. E Mário de Andrade escreveu sobre isso: "E o Zeppelin veio provar pra São Tomé o sofisma gracioso de que uma casa de um andar (altura do dirigível) pode ser mais alta que o Martinelli"

Durante a Segunda Guerra Mundial com o rompimento de relações do Brasil com a Itália, o prédio passou para as mãos da União e passou a se chamar Edifício América. Mas ficou conhecido sempre como o Martinelli.

Durante seus anos de ouro o prédio foi sede de clubes - Palmeiras, Portuguesa - da Associação dos Funcionários do Banco do Brasil, teve redação de jornais, sede de partidos políticos.
Quase meio século depois de ser inaugurado, e depois que passou para as mãos do governo, o abandono e a ocupação desordenada mudaram o aspecto e o cotidiano do Prédio. E em 1945 o prédio sofreu a primeira reforma com remodelação de parte de sua estrutura.

Já em 1950 José Francisco Cascone que trabalhava no prédio como aprendiz de ourives numa conceituada oficina de jóias instalada no 19º andar, nos dá seu depoimento:
"Trabalhei 12 anos no Martinelli e tive que conviver com um estilo de vida inimaginável na realidade, julgada existir apenas nas telas de cinema. O prédio nunca fechava. Eram 24 horas diárias de movimentação. Das 8h às 17 horas havia atividades exclusivamente comerciais, com circulação de clientes de joalheiros e alfaiates renomados, e que entravam pela rua Líbero Badaró. Mas, a partir desse horário até 7 horas da manhã, era um completo e perfeito prostíbulo, onde corria solto o tóxico, as bebidas e o comercio do sexo. Os elevadores não eram usados e as escadas serviam de passarela para os mais absurdos desfiles de prostituição. Eu nunca participei de tais orgias porque era um funcionário da oficina de jóias e se às vezes ficavam até mais tarde era pra cumprir data de entrega de algum grande encomenda".

Por descaso das autoridades, o Prédio Martinelli transformou-se num imenso cortiço, onde se improvisaram vários cômodos que abrigavam um enorme numero de famílias. Era ocupado por escolas de dança, boates, academias de baixo padrão, profissionais liberais não tão bem sucedidos, salão de bilhar, escritórios de pequenas firmas, cassinos clandestino maquiados de clubes e toda uma ocupação menor. Totalmente deteriorado e descaracterizado.

Nos anos 60 foi cenário de um crime nunca desvendado, o assassinato do garoto Davilson, violentado, estrangulado e jogado no poço do elevador.

Em 1975, após grande apelo popular, protestos da imprensa e de setores profissionais, inicia-se a obra de reforma. Depois dela o prédio voltou a ser valorizado e tombado em 1992 pelo DPH, agora abriga setores da administração pública como a EMURB, COHAB, SEHAB, SEMPLA...
Uma nova reforma feita pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, permitiu descobrir vários afrescos e pinturas originais da época da construção que serão objeto de restauração pelo artista plástico Luis Martin Sarasá.
E continua o "banho" de cultura. Ande pelo terraço e continue dando asas a imaginação. Ele é amplo, muito largo entre as construções e o parapeito e deve ter sido palco e muitos amores, muitos dramas. Gente bonita, rica, culta convivendo sobre uma cidade em efervescência, só podia ser protagonista de histórias e histórias.

Olhar desse terraço vai dar uma idéia de um pedacinho da cidade que vale a pena ver e resgatar porque estaremos recontando a história de São Paulo.

Durante muito tempo o Martinelli foi considerado o prédio mais alto da cidade, só perdeu sua posição em 1947 quando o edifício Altino Arantes, sede do Banespa, com 36 andares e 161metros de altura foi inaugurado. Vale a pena visitar.
E numa visão de progresso, ao lado do Banespa, o novo prédio do Santander-Banespa todo preto e redondo, numa arquitetura moderna e já com seu heliporto indispensável. Um heliporto privativo, "adornado" por cavaletes para indicar que só podem pousar helicópteros autorizados. Questão de segurança

Agora, a visão do Edifício do Banco do Brasil, que junto com o Martinelli e o Banespa constituem os três gigantes de São Paulo. Bela visão dos três pode-se ter do cruzamento da rua Libero Badaró com a Av. São João, bem ao pé da ladeira São João.

Ainda do terraço o cenário à vezes é belíssimo, outras vezes deprimente, outras vezes simplesmente feio.

Dominando em altura, depois do Banespa, o prédio do Unibanco.
Uma rua cumprida e estreita é a rua São Bento, mostrando bem o seu traçado antigo, dos primeiros tempos da cidade, quando ligava o Mosteiro de São Bento ao Largo São Francisco para maior contato entre os monges beneditinos e franciscanos.
Visão da Igreja de Santo Antonio na praça do Patriarca.
A Bolsa do Café, uma parte da Secretaria da Fazenda (na Av. Rangel Pestana), o Parque Dom Pedro II com seus viadutos e cruzamentos substituindo uma Várzea do Carmo anterior.
Mais ao longe, o Edifício São Vito, uma favela vertical, deteriorado e agora esperando uma reforma.
A cúpula da Catedral e o Palácio da Justiça podem ser identificados.
Um pedaço moderno de São Paulo - edifício do Metrô e um testemunho dos primeiros anos da cidade, o Mosteiro de São Bento. Agora, acrescido do Colégio São Bento.
Edifício Mirante do Vale, o mais alto edifício da cidade que nem é conhecido como tal porque erguido em um espaço mais baixo foi engolido pelos que estão em situação mais elevada.
Belíssima a visão do Vale do Anhangabaú, no momento em que ele cruza a Av. São João e que em sua última urbanização, prestigiou pedestres, com calçadão, fontes, água jorrando para refrescar a aridez de uma cidade em constante vai e vem de trabalho. Visão da comprida Av. São João até onde a vista alcança em direção à oeste da cidade.
Ao longe, um cantinho do Mercado Municipal, a torre da Estação Júlio Prestes.

Uma pausa para digerir e assimilar essa over dose de história da cidade e aventura de ler nas alturas continua.

O primeiro encontro da Leitura nas Alturas foi no dia 06 de outubro, uma quinta feira, encontro que se estendeu das 14h às 19h. O livro escolhido foi "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector. Outros encontros foram em 10 de novembro, com a leitura e análise do livro "Macunaíma" de Mário de Andrade. Em 24 de novembro o livro lido e analisado foi "Sagarana" de Guimarães Rosa. Em 1 de dezembro a leitura e análise foi do livro "Memórias de um Sargento de Milícias" de Manuel Antonio de Almeida e em 8 de dezembro, foi escolhido "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis. Sempre das 14h às 19h.
Esperamos que em 2006 esse projeto cultural de São Paulo continue.
Sugestão - Leia uma ficção de Marcos Rey - "O Último Mamífero do Martinelli" escrito em 1993 - Editora Ática

À medida em que as pessoas se multiplicavam, tornou-se necessário distinguir umas da outras, surgindo, assim, os nomes próprios. E, quando estes não mais eram suficientes, várias formas de nomear foram adicionadas, mostrando ascendência, profissão, origem ou alguma outra característica que diferenciasse as pessoas que viviam numa única comunidade.

A partir daí, surgiram os sobrenomes, que deram origem às nossas ramificações familiares. Através das pesquisas onomásticas (ramo da lingüística que explica os nomes próprios) viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de descobrir a história e o significado do seu sobrenome.



Chama-se Heráldica a arte de formar e descrever Brasões de Armas, também designada Armaria ou Arte do Brasão. Teve seu princípio por volta do século XII, contudo sua origem vem a ser mais remota do que se pensa. Os símbolos pessoais e familiares são antiqüissimos e a Heráldica surge no momento em que estes símbolos foram utilizados dentro dos escudos de combate. (Saber mais)

Através das pesquisas viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de conhecer e resgatar a antiga tradição do uso e porte do Brasão, que representa a dinastia de sua familia através dos séculos.


Predio Martinelli, o segundo arranha-céu de São Paulo

Descrição:
Ele é tido como o primeiro arranha-céu da cidade, com seus 26 pavimentos. Na época, pairava o medo na população de que o prédio não se sustentasse. Seu idealizador, o Sr. Martinelli, provou o contrário, mundando-se com sua família para um verdadeiro palacete construído na cobertura do edifício. Histórias não faltam, mas, justiça seja feita ao Edifício Sampaio Moreira, quase vizinho, que alguns anos antes, ainda no início do século XX, já fazia "cosquinhas" no céu paulistano, com seus inacreditáveis 12 pavimentos. Está aberta a polêmica. Aqui minhas poucas fotos feitas durante a primeira expedição de que participei com este simpático grupo.
ANTÔNIO PRADO (COLATINA)
Em setembro de 1888, chegaram os imigrantes destinados às diversas seções do Núcleo Colonial Antonio Prado, que se estendia de São Jacinto até o atual Munícipio de Colatina, A sede estava na confluênc:a do Rio Mutum com o Santa Maria do Rio Doce.
A segunda leva chegou em dezembro do mesmo ano, e a terceira, em março de 1889, Todas as três viagens foram feitas no Adria, que, segundo, registros antigos, tinha capacidade para transportar até duas mil pessoas. Mas, a viagem a que nos referimos não tinha o menor conforto, pela grande promiscuidade; compensada, em parte, pela educação e instrução da maioria dos imigrantes, todos alfabetizados.
Pelo que apuramos, aliás, nessa leva estavam portadores de brazões e gente apurada, que empunhou a enxada e o machado, pegou o duro..., no Rio Doce!...
Durava a travessia do oceano dezenove a vinte e cinco dias, nessas três viagens. Mas, os da primeira, nem todos foram para o Rio Doce. Alguns ou muitos, seguiram para Anchieta, Alfredo Chaves e Castelo.
Chegados a Vitória, ficavam os viajantes na Hospedaria da Pedra d’Água.
Depois, em canoas, os do Rio Doce eram transportados até o Porto de Santa Leopoldina. Daí, seguiam, a pé, carregando às costas seus pobres pertences ou haveres, até a concentração na Barra do Mutum (Boapaba), onde o chefe da Colonização, Dr. Gabriel Emílio da Costa, distribuía os lotes do Núcleo Colonial Antonio Prado.
A jornada era a pior que se possa imaginar. No porto do Cachoeiro, recebiam punhados de roscas para sua alimentação. Somentes roscas! Iam daí através de picadas, até Santa Teresa; desciam o Rio Perdido até o Santa Maria do Rio Doce, passando por São Roque, em busca do ponto terminal dessa via dolorosa: a Barra do Rio Mutum.
Além desses imigrantes, que se estabeleceram no Rio Doce e seus afluentes, outros vieram de Santa Teresa, descendo pelos rios Mutum, São Jacinto e Baunilha.
A parte do Núcleo Colonial Antonio Prado, de que estamos tratando, somente recebeu o nome de Colatina a 9 de dezembro de 1889, dada pelo Dr. Gabriel da Costa, homenagem à esposa do Dr. Muniz Freire, Dª. Colatina. O Dr. Muniz Freire muito se interessava pela imigração no Espírito Santo. O lugar, antes, era Povoado da Barra.
O nome de Antonio Prado tinha igualmente sua razão: no Relatório de 1886, do Presidente Antonio Joaquim Rodrigues, lemos que o Cons. Antonio da Silva Prado, Ministro da Agricultura, ciente das necessidades da nossa lavoura, era incasável em procurar meios de atrair corrente imigratória para o Brasil.
Sem recursos para a vida, os imigrantes trabalhavam quinze dias, para o Governo, abrindo estradas e construções de barracões. Com o resultado compravam ferramentas, alimentos e iniciavam suas próprias colônias. O título de propriedade, ou escritura, era expedido, quando completavam o pagamento dos lotes.
Lutaram os imigrantes, com as maiores dificuldades, pela falta de assistência médica e de escolas para seus filhos! Mas, como Ibiraçu, Colatina foi feita pelo braço forte dos imigrantes italianos. É um orgulho da imigração, no Espírito Santo.
Já, em 1933, dizia, profético, o Dr. Xenócrates Calmon: “Ai, vem, desassombrada no seu ímpeto, indomável na sua coragem, altiva no seu patriotismo, e vibrante e vigilante, a mocidade riodocente, a mocidade, que há de governar e dirigir a terra que lhe serviu de berço.
“Ela aí está nas escolas, para a arrancada gloriosa, disposta a levar a terra aos seus gloriosos destinos”.
Colatina, hoje, é a Princesa do Norte.
Dentre as numerosas famílias com sobrenomes italianos, portanto descendentes, anotamos as seguintes:
AcerbiCampiFavoretti
ArpiniCapelliFeroni
BaracchiCappiFerrari
BarbieriCasagrandeFidelon
BartoniCatabrigaFoleto
BendinelliCeolinForza
BenedettiCeonotelliFranzotti
BernardinaCherottoFratinelli
BertonniChieppiFrechini
BongiovanniCiprianoFulianeto
BorghiContandiniGabrielli
BoscagliaCorradiGagno
BravinCorsiniGalimberti
BroccoD´IsepGalletti
BrumattiDal´HortoGallo
BusattiDellacquaGalon
CaldaraDellapicolaGamberti
CalimanGarbiniGarbini
CamataFachettiGatti
CampagnaFachettiMartinelli
GavaMassaroRibon
GiacominMeneghelliRomano
GirondelliMignoneRossoni
GiubertiNardiSabaini
GiurizattoNegrelliScarton
GobbiNegriSchettini
GonOleariSerafini
GuerraOlivaSignorelli
JuliattiPaganiSpelta
LavagnolliPandiniSperandio
LinhalesPavanTorezani
LorenzzoniPecoariTozetti
LuppiPellizzonTrepadini
MaestriPeriniVago
MagnagoPerniniVarnier
MantovaniPiccinZanotelli
MarchesiniPrestiZanotti
MargottoPrettiZucolotto
MarinoQuinzan
Na década de 1920, foi constituída a Compahia Territorial de Colonização, para o Norte do Rio Doce, com sede em Colatina. Sua Diretoria era formada pelo Dr. Atílio Vivacqua, Cel. Idelfonso Brito e Artur Oberlander Tibau.
Procedido o levantamento da área concedida pelo Estado à referida Compahia, para colonizar, vários Agentes foram destacados para convidar interessados e conduzi-los à região, oferecendo-lhes lotes e vinte e cinco ou cinqüenta hectares, raramente glebas maiores, e facilidades para seu pagamento. Dentre esses Agentes, destacaram-se os Srs. Alberto Ceolin, Guilherme Simonatto, Bortolo Malacarne e outros, que devassaram toda a região, localizando, aí, centenas e centenas de famílias, procedentes do Sul do próprio município, e do Sul do Estado, na maioria oriundas de antigos imigrantes.
Desse movimento migratório, bem de acordo com os planos da referida Compahia, em certos pontos da área surgiram núcleos urbanos, como Marilândia, Novo Brasil (que. antes da Segunda Grande Guerra, chamava-se Nova Itália), Km 61, São Domingos, Palha (agora São Gabriel da Palha), Bananal, São Pedro de Marilândia e São Rafael.
E assim, Colatina cresceu e prosperou, com o trabalho e a inteligência dos itatlanos e seus descendentes. Dentre estes, Br. Raul Giuberti, médico de renome, foi Senador, Prefeito de Cotatina e exerceu Interinamente o mandato de Governador do Estado (10/10/1959). O Dr. Ermelando Serafini é advogado ilustre, O Dr. Paulo Stefenoni vai se desempenhando com brilhantismo no cargo de Prefeito Munlcipal.
Além de outras viagens de vapores destinados ao transporte de imigrantes notemos que. em outubro de 1888, o Adria voltou com quatrocentos e vinte e três italianos para o Itapemirim; oitenta e sete para São Mateus e dezesseis para Santa Leopoldina. O Vapor Mario trouxe setecentas e duas pessoas, que seguiram, em parte, para Santa Cruz, no Mayrink; outra parte foi para Anchieta e Itapemirim, no Maria Pia.
O Adria não Interrompia suas viagens, no transporte de imigrantes. Na terceira viagem de 1889, entre outras famílias, estava a de Zama Carloni: sua mulher Marcina Malaguetti e três filhos, André, Romeu e Aldo. Foram, com outros companheiros de viagem, que sabiam ofícios, principalmente mecânica, para a fazenda do Dr. Arminio Guaraná, em Santa Cruz, onde estava sendo montada uma usina de açúcar. O pequeno André, no futuro, tornar-se-ia uma figura operosa e querida, na Capital do Espírito Santo.

6 comentários:

  1. Olá preciso muito conhecer minha familia, por parte do meu Pai... Finado ISAIAS MARTINELLI... Filho de Natalino Martinelli e Terezinha... Acho que são do Espirito Santo. Professora me ajuda, tenho 19 anos e esse interesse é apenas meu, em 6 irmãos que tenho.

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  2. OLA MEU NOME É GUSTAVO MARTINELLI E QUERIA MUITO SABER RESPEITO DO NOSSO SOBRENOME,E COMO É O BRASAO DE NOSSA FAMILIA

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  3. Em meio a construção de um pequeno livro de versos de um tio chamado ANTÔNIO FERREIRA CLARENTINO (VAQUEIRO NA LOCALIDADE OLHO D'AGUINHA CIDADE DE TUÁ/CE), comecei a investigar mais sobre nossas origens para que o trabalho possa ficar mais completo. Conseguimos com uma pessoa a qual não tive contato duas imagens retratando a o meu bisavô e a família de minha bisavó. no envelope com as fotografias está escrito JOÃO JACOMO CLARENTENNO MARTENILLY, mas desconfio que essa escrita esteja errada e que seja JOÃO GIACOMO CLARENTIANO MARTINELLI, casado com JOANA MARIA DA CONCEIÇÃO, finlha de um homem conhecido como JOÃO MARINHEIRO, dizem que o chamavam de marinheiro porque chegaram no Brasil em navios... não sei muito sobre a história, mas seria muito interessante pois o livro de versos do meu tio ganharia mais originalidade em suas histórias, pois cada versos conta um pouco da história de sua vida. Ah... acho que vale comentar que a tempos atrás foi encontrado em uma fenda nas ruínas da casa onde vivia meu avô MANOEL FIRMINO CLARENTINO, filho de JOÃO GIACOMO, uma lata com moedas estrangeiras (MOEDA ITALIANA), hoje guardadas no museu da cidade de Tauá.
    Desde já, agradeço a atenção.

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  4. Também gostaria de saber como é o brasão da familia??, gostaria de ve-lo

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  5. Bom dia Professora lucia, estou procurando mais informações da minha família que veio da Italia e chegaram em Colatina, Família Feroni e Família Negrelli meu bisavôs " Itálico Feroni & Carolina Negreli ".
    Se souber maiores informações me avise " apavao@uhgbrasil.com.br

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    1. Também pesquiso a família Faroni/ Feroni. Sou bisneta de Clavio Faroni. Meu e-mail mmkubit@gmail.com

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Eu sou Lúcia Martinelli

PROFESSORA LUCIA MARTINELLI

PROFESSORA LUCIA MARTINELLI
ATIVIDADES E PROJETOS