Professora Lúcia Martinelli
Podemos escolher recuar em direção à segurança ou avançar em direção ao crescimento. A opção pelo crescimento tem que ser feita repetidas vezes. E o medo tem que ser superado a cada momento. Abraham Maslow
8.6.14
PARA OS AMIGOS QUE SOLICITARAM SOBRE A FAMÍLIA MARTINELLI
O Objetivo desta pesquisa é deixar para a
geração atual e as próximas que virão um pouquinho da história e da origem da
nossa família, por que veio para o Brasil, como ela chegou, onde se
estabeleceu, as dificuldades que enfrentou e seus descendentes. Também deixo
documentos, caso alguém queira pedir cidadania italiana. Não foi fácil
conseguir as fotos, e não consegui de todos, mas graças ao facebook busquei
algumas imagens. Não tenho descendentes para deixar esta história, mas pensei
nos filhos de vocês que tem o direito de conhecer um pouco da história de sua
família e ir acrescentando mais!!!!
Apresentando minha família, meus pais, irmãos,
sobrinhos, avós, tios, primos e seus filhos.
Sou filha de :
Cândido Martinelli
Natural de Guaporé
|
Maria Luisa Grando
Natural de Veranópolis
|
Desta união nasceram 8Filhos
1.Ernesto Antônio Martinelli que teve 5 filhos com Maria da Rocha(Amarildo Martinelli, Lucimar Martienelli, Lucila Martinelli Três,
Artemio Martinelli,Elisa Maria Martinelli)
|
2.Lino Saul Martinelli teve 4 filhos com Diva Laidens ( Mário Martinelli, Leonildo Martinelli, Cleusa Martinelli, Adriano
Martinelli)
|
3.Helena Alilita
Martinelli não teve filhos com Carlos Lourençato,
|
4.Inês Martinelli teve 4 filhos com João Pedro Lourençato Ferreira, ( Marcos Antonio Ferreira, Edegar Ferreira, Glaura M. Polo, Leandro
Ferreira)
|
5.Telmo Martinelli teve 2
filhos com Maria Aurora Bier (Cândido Giovani Martinelli, Juliana M. Flores)
|
6.Neusa Martinelli não
teve filhos
|
7.Vitória Martinelli teve 2 filhos com Osmar Antônio Casassola (Fabiano M. Casassola, Cristiano M. Casassola)
|
8.Lúcia Martinelli não
teve filhos
|
Avós Paternos
Ernesto Martinelli AngelaRossetto
Casados pelo Cartório de Bento
Gonçalves/RS
Avós Maternos
Antonio Grando e Vitória Matielo Filhos
Irmãos de
Vitória Matiello /avó 2ª da esquerda –
Irmãos de Maria Luisa Grando
Meus Avós Paternos Tiveram CincoFilhos
1.Félix Martinelli teve 3 filhas Com
Eli (Margarida Martinelli, Marina Martinelli e Maria
Elena Martinelli Dalmaz);
2.João Carlos Martinelli solteiro;
3.Judith Martinelli teve 5 filhos com
Atilio Dossa (José
Martinelli Dossa, Maria Martinelli Dossa, Antenor Martinelli Dossa, Valdir
Martinelli Dossa, Margarida Martinelli da Cunha)
4.Glária Martinelli solteira;
5.Annah Elisabeta Martinelli solteira;
|
Meus Bisavós
Paternos
|
Bisavós
Carlo Martinelli e ElisabettaTondo /Giovanni
Rossetto e Anna Deconto
Ele nasceu em 16.10.1844, em Soresina, Cremona na Itália. Casou-se com Elisabetta Tondo do Distrito de Genova na Itália em 10.11.1879. Faleceu em 12.10.1918 no distrito de Pinto Bandeira, município de Bento Gonçalve/RS aos 73 anos. (enterrados no cemitério do município de Pinto Bandeira RS).
Cremona (província) Origem: Wikipédia - dados
atuais
A província de Cremona é uma província italiana da região de Lombardia com
cerca de 360.173 habitantes1 , densidade de 189 hab/km². Está dividida em 115 comunas,
sendo a capital Cremona.
Faz fronteira a norte com a província de Bérgamo e a de Bréscia, a este com a província de Mântua, a sul com a região
da Emília-Romanha(província de Parma e província de Piacenza) e a oeste com
a província de Lodi e com a província de Milão.
Gênova é uma cidade e comuna italiana da região da
Ligúria, província de Génova, com cerca de 639.560 habitantes. Estende-se por
uma área de 243 km². Wikipédia
Esta é a sexta maior cidade da
Itália e a mais velha da Europa. A Via Garibaldi é famosa pelos seus palácios
barrocos. A Piazza de Ferrari, a praça principal, abriga o Palácio dos Doges
e o Teatro Carlo Felice; o local de nascimento de Cristóvão Colombo fica
igualmente perto e vale a pena visitar o Aquário di Genova, o maior aquário
da Europa.
O porto comercial de Génova é o mais importante de toda a Itália. Chamam a atenção do visitante os contrastes entre as elegantes estâncias costeiras e as ruas estreitas da cidade antiga, frequentadas tanto por marinheiros como por visitantes. O ano 1000 marcou o início da época dourada das comunas independentes em Itália, assinalando um período de desenvolvimento econômico e político em que o predomínio de Génova começou a ser notável, nem sempre de forma pacífica. Por volta do século XII a cidade foi mesmo obrigada a construir uma muralha a toda a sua volta, para se defender dos assaltos do imperador Frederico I, o Barba-Ruiva. Resolvidas as contendas e reconhecida a autonomia de Génova, rapidamente a cidade começou a competir com Pisa pelo controle das ilhas da Córsega e da Sardenha. Em 1232, depois de um século de combates e rivalidades, quase toda a costa da Riviera di Levante estava sob domínio genovês. Para oeste, as cidades que mais resistiram à expansão de Génova foram Ventimiglia, que se rendeu em 1262, e Savona, que resistiu ainda até 1528. Génova possui um porto natural, protegido pelas montanhas, a este e ao mar deve o seu desenvolvimento. Inúmeros monumentos são o testemunho da riqueza e opulência durante a Idade Média. No séc. XVI, a família Doria revelou-se uma astuta patrona das artes.
Porta Soprana - No lado oeste da Piazza
Dante situa-se a Porta Soprana ou Porta di Saint'Andrea, uma das portas de
entrada da cidade, datando de 1155. A pequena casa à sua direita é conhecida
como a Casa di Colombo.
A casa de Cristovão
Colombo: Não há a certeza de que Cristovão Colombo, o famoso navegador
e explorador do Novo Mundo, tenha nascido em Génova, em Savona, 15
quilómetros a oeste, ou mesmo fora de Itália. No entanto, alguns registos
referem-se ao seu pai, um tecelão, e a várias residências da família nesta
cidade. Uma pequena casa, coberta de hera, junto à Porta Soprana, terá sido a
casa onde Colombo passou a infância e onde terá descoberto a sua paixão pelo
mar.
Palazzo Ducalle
Aqui residiam os doges de Génova. Possui dois
pátios e arcadas do século XVI, abrigando atualmente um centro de cultura e
arte. Deixado ao abandono por longo tempo, e usado como sede dos gabinetes
judiciários antes da construção, na década de 1970, do novo palácio de
justiça no Bairro de Portoria, viu completar o seu restauro por ocasião das
Colombíadas de 1992, em que se comemoraram Cristóvão Colombo e o quinto
centenário da descoberta da América.
"Que coisa entendeis por uma nação,
Senhor Ministro?
é a massa dos infelizes? Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco. Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho. Criamos animais, mas não comemos a carne. Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria? Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho?" (resposta de um italiano a um Ministro de Estado de seu país, a propósito das razões que estavam ditando a emigração em massa)
Corações Partidos no Porto de Gênova - Por Roberto Gambini
O ENSAIO é uma busca de sentimentos
perdidos: partindo de uma apresentação histórica de uma Itália recém-unificada,
sob o espectro ameaçador da falta de trabalho — e a correspondente situação
de um Brasil pós-escravagismo, necessitado de mão-de-obra, o foco desse
estudo é considerar os estados de alma dos imigrantes e acompanhar as
dramáticas peripécias de suas transmigrações. Reconhecendo a importância da
música para constelar sentimentos coletivos e expressá-los, o autor
interpreta trechos de ópera de Verdi e também, em clave subjetiva,
cartões-postais familiares, trocados entre membros separados de uma mesma família
partida, discernindo conflitos afetivos que vieram a contribuir para a
formação do grande amálgama anímico brasileiro.
Imigração
Italiana, Sentimentos, Verdi, Alma Brasileira.
A imigração italiana no Brasil foi o movimento migratório ocorrido nos séculos XIX e XX de italianos para várias regiões do Brasil. As causas deste processo podem ser
encontradas nos frequentes problemas sociais que ocorriam na Europa e a fartura de terras no Brasil.
Atualmente, estima-se que 5 milhões de brasileiros têm ao menDe acordo com o que conhecemos da história, a
necessidade econômica, a escassez de terras e trabalho e o aumento da
população, fizeram com que muitos italianos partissem em busca de alternativas
de vida. Várias foram as famílias que assumiram este desafio, embaladas pelo
sonho de conhecer e explorar o “NOVO MUNDO’, particularmente o Brasil, ante a
proposta do governo brasileiro de guardar suas fronteiras.
A história
que conhecemos nos mostra estes aspectos, os quais contribuíram para a
concretização da imigração. Entre tantos italianos que se arriscaram a encarar
este propósito, estavam nossos antepassados, estabeleceram-se na região da
serra do estado do Rio Grande do Sul.
Apesar de não termos muitos registros da época, até o
momento, o que sabemos é que este é o berço da família neste estado do Brasil.
É certo que a história aqui relatada, se origina em fatos e acontecimentos que
se mantiveram vivos na memória, por relatos que foram passados de geração em
geração. Sendo assim, são mais relativos ao ramo da família do qual somos
originários.
Com
certeza muito tem a ser descoberto e descrito sobre a vida, os costumes e as
conquistas de nossos antepassados. Tinham uma casa bastante rústica, construida
sobre “cepos” de madeira de aproximadamente 50 cm. Acima do solo. As paredes
eram de tábuas serradas manualmente. As aberturas não continha vidros, mas tão
somente tampões de madeira, que podiam ser removidos para arregar e clarear os
cômodos da casa. Nos quartos e no cômodo onde se realizavam as refeições, o
assoalho era de madeira bem rústica. Já as paredes da cozinha eram feitas com
varas de madeira trançadas, preenchidas com terra tipo sapé. O piso da cozinha e
do ambiente de refeições, era de chão batido.
Para
enaltecer a simplicidade e as condições
da época, móveis não tinha, cadeiras não havia, usava-se cepos de 60 cm. De
altura sobre os quais se acomodavam. Junto a mesa , havia bancos de madeira
onde se sentavam enquanto faziam as refeições. A comida era feita em um fogão
de chapa emuralhada.
Chegando à sua
gleba, o imigrante tinha logo que construir um abrigo, uma choupana, que fosse,
para proteger-se do frio e dos animais selvagens. Era uma questão de
emergência, e daí resulta que as primeiras casas eram muito precárias. Às
vezes, um rancho de pau a pique, coberto de palhas. Muitas eram construídas com
varas ou pranchas de pinheiro, cobertas com folhas ou tábua lascada, denominada
scandole.
As
moradias definitivas eram de madeira-tábuas de pinho com colunas de anjico ou pedra
e eram amplas. 0 lambrequin, detalhe decorativo, de madeira recortada na borda
dos telhados, tornou-se marca registrada. 0 local preferido para a construção
das casas eram as encostas suaves, para facilitar a localização do porão,
indispensável para o depósito de cereais, local para carnear animais, cantina
para o vinho e a graspa.
Para a
fabricação de tábuas, cortavam-se "pinheiros de copa" (araucária).
Com serra manual, transformavam as toras em tábuas: um serrador ficava em cima
da tora, posta sobre cavaletes e outro embaixo. Trabalhavam dias a fio. A
cumeeira era alta, para dar lugar a um sótão onde se podia guardar, sem risco
de umidade, amendoim, feijão, lentilha, ou servir para dormitório de hóspedes
em ocasião especial. As janelas não tinham vidro.
A cozinha
ficava geralmente separada. Segundo Rovílio Costa, "por medo de
incêndios". Com o fogo sempre aceso, em meio a material combustível, a
cozinha era sujeita a incêndios, pois os primeiros imigrantes não conheciam o
fogão. Para cozinhar, usavam o foccolári, que consistia num caixão retangular
revestido de madeira, forrado por dentro com terra batida e uma cavidade no
meio onde se acendia a lenha. Para cozinhar, especialmente a tradicional
polenta, as panelas eram suspensas a uma corrente, chamada "la
catena". À noite, o fogo era coberto com cinzas para conservar o braseiro
e facilitar o reacendimento no dia seguinte. "Se alguma janela se abrisse,
o vento podia reacender o fogo e causar incêndio durante a noite." Por
isso, a casa, onde se guardavam documentos, dinheiro e bens, tinha que ficar
preservada. Era costume, traçar uma cruz sobre as cinzas para pedir proteção
contra o possível incêndio.
A cozinha
funcionava como sala de estar, servindo como local das refeições e encontros
familiares. Na "casa" ficavam os quartos e uma sala, usada em raras
ocasiões, como velos, casamentos ou para receber visitas muito importantes. No
pátio, próximo a casa, o forno para pão, o estábulo sempre isolado e a latrina
feita de tábuas.
Nos tempos
primitivos, não era comum pintar as residências, provavelmente por falta de
tinta. Usava-se uma mistura de tabatinga (pó de arenito, avermelhado) e óleo de
cactus, dissolvido em água, que protegia a madeira.
Missa inaugural da Capela de Veranópolis em 1888.
La América
Canção dos Imigrantes
cantada em dialeto vêneto, de autor anônimo, sobre a aventura da América
Da l'Itália noi siamo
partiti,
Siamo partiti c´o i nostri onori Trienta e sei giorni de machina a vapore E nela Mèrica noi siamo arrivà. Nela Mèrica noi siamo arrivati, No abiam trovato n´è pàglia, n´e fieno Abiam dormisto su´l nudo terreno, Come le bestie abiam riposà. E la Mèrica, l´è lunga e l´è larga L´è circondata de monti e de piani E co´la industria dei nostri italiani Abiam fondato paesi e cità. Mèrica, Mèrica, Mèrica, Cosa serála sta Mérica ? Mèrica, Mèrica, Mèrica, L´è un bei massolino de fior
Tradução
Da Itália
nós partimos/ Partimos com a nossa honra/ Trinta e seis dias de trem e vapor/ E
na América nós somos chegados / Na América nós chegamos/ Não encontramos nem
palha, nem feno/ Dormimos no solo nu/ Como animals repousamos// Mas a América é
grande e é larga/É formada de montes e planícies/ E com talento de nossos
italianos/ Fundamos vilas e cidades// América, América, América/ 0 que será
esta?/América, América, América/ Um belo ramalhete de flores.
Fonte : História
Ilustrada do Rio Grande do Sul - Zero Hora
Carlo
Martinelli chegou ao Brasil e se estabeleceu em Bento Gonçalves, hoje município
de Pinto Bandeira RS. Vamos conhecer esta cidade?
Um
pouco da História de nossos Ancestrais
Carlo Martinelli é filho de Giuseppe
Martinelli e Arcangela Caproni. O registro de batismo de número 282, Távola 7
volume 14 da paróquia de São Diro de Soresina, Província Cremona, na Itália,
declara que o menino Carlo nasceu às 9 horas da manhã do dia 16 de outubro de
1844. Também diz que seus pais, Giuseppe e Arcangela, moravam em Olzano. Foi
batizado no mesmo dia. Seus padrinhos foram Carlo Bonini e Maria Vilaski.
A infância e juventude de Carlo se passa em
uma terra em transição social, política e econômica. Como diz Pozzebom em seu
livro “a Itália é a última nação européia a se unificar. O processo só se
completa em 1870, nascendo o reino da Itália. Após a unificação a situação é
ruim. A pobreza é crônica. O serviço militar é obrigatório por 3 anos,
mostrando incerteza quanto à paz recentemente alcançada, e retirando do grupo
familiar uma importante força de trabalho.” A economia permanece estagnada até
1886. O analfabetismo é altíssimo. Há desemprego generalizado e insegurança
quanto ao futuro. E mais, “o sistema fundiário ao estilo feudal fazia com que
não existisse terra suficiente para a população plantar, e as pequenas
propriedades iam sendo continuamente divididas entre os filhos, vendidas a
baixo preço, ou então passando para o filho mais velho, deixando os outros
filhos não contemplados sem terra e sem meios de sustento.” “Todos esses fatores, associados a uma superpopulação,
geraram a fome e um excedente de mão de obra barata, à beira do desespero.”
Carlo Martinelli casa-se com Margherita
Salini, na Itália. Com ela decide vir ao Brasil na leva de imigrantes que aqui,
na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, na Colônia Dona Isabel, na
Linha Jansen, hoje Linha 28 de Pinto Bandeira, adquiriu o lote nº 26 com 242
mil metros quadrados, aproximadamente 24 hectares.
Sua esposa, Margherita Salini, faleceu em
02/08/1879, de parto, sem deixar descendentes. Contam que até hoje seu túmulo,
no Cemitério situado na linha 32 em Pinto Bandeira, é visitado por pessoas que
fazem pedidos. Dizem que são atendidas.
Carlo, após os três proclamas canônicos de
praxe, casou-se novamente, em 10;11/1879, na Paróquia de Santo Antonio, hoje em
Bento Gonçalves. Sua esposa era Elizabetha Tondo.
Elizabetha Tondo era filha de Angelo Tondo e
Anna Guerra. Nasceu aos 07/10/1850 em Boja (Buia), Província de Údine, Distrito
de Gemona. Com sua família, Elizabetha chegou ao Brasil no ano de 1877. Eles
receberam o lote nº 5, em Linha Jansen, Colonia Dona Isabel.
Da união de Carlo com Elizabetha nasceram:
Giuseppe em 30 anos de janeiro de 1880, Arcangelo aos 09/05/1882. Victório aos
20 de setembro de 1887, Anna aos 23/12/1888, EurélioPietro aos 22/08/1893 e
Giglio em data não conhecida.
Carlo faleceu em 12/10/1918, antes de
completar 74 anos. Foi sepultado no cemitério da Capela São Pedro, na Linha 28
em Pinto Bandeira. O terreno onde está a Capela São Pedro e o cemitério, na
linha 28, foram doados a comunidade por Carlo. A lápide do seu túmulo, em pedra
basáltica com cerca de 300 quilos, foi esculpida por Vicente Lovera, esposo de
Anna Martinelli, filho de Carlo.
Elizabtheta Tondo faleceu em 06/06/1939 com
89 anos de idade.
O município de Pinto Bandeira foi instalado
recentemente, em 01/01/2001. Todavia, sua criação está sendo questionada junto
ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela prefeitura de Bento Gonçalves, seu
município de origem.
O município dista cerca de 13,5 km de Bento
Gonçalves, ao qual está ligado por uma estrada asfaltada. Nos poucos meses de
vida administrativa, sua administração conseguiu realizar importantes
melhorias. A praça da matriz e a praça central estão bem cuidadas. A igreja foi
recentemente restaurada, visando recuperar importante patrimônio físico e
histórico da comunidade. Casas antigas e típicas foram reformadas. As
edificações, equipamentos e máquinários públicos estão zelosamente cuidados.
Economicamente, o município é altamente promissor e viável. Todavia, a
pendência da decisão de Brasília, quanto ao futuro do município, trouxe
desalento e desânimo.
Desde 1982, foram criados 265 novos municípios
no Estado do RS, aumentando sua quantidade de 232 para 497 municípios. Do ponto
de vista social, cultural e econômico, as emancipações trouxeram inequívocos
benefícios para o Estado. O progresso dos primeiros 12 processos de
emancipação foi contagiando outras áreas, estimulando sucessivas levas de
comunidades a buscarem semelhantes benefícios e status; em 1988, foram criados
outros 89 municípios novos; em 93, mais 94; em 1995, outros 40, tendo ficado 30
para trás, que puderam finalmente serem instalados na "aurora" do ano
de 2001. Dentre esses 30, está o novo município de Pinto Bandeira, que teve
dificuldades maiores para conseguir fazer passar seu processo de emancipação.
No RS, as regiões com maior número de municípios
são as que mais progridem; os municípios que se vangloriam das suas grandes
extensões de terra, e de terem evitado a todo custo fragmentar-se, são de modo
geral também os mais estagnados e menos progressistas. Santana do
Livramento, que mantém seu território desde sua fundação (há mais de um
século), com mais de 5 mil km2, possui atualmente um PIB nominal, em
dólares, menor que há 10 anos atrás. Outras áreas que se fragmentaram
mais criaram mercados mais dinâmicos, com geração de opções, investimentos,
renda e demanda.
Os municípios menores conseguem, de modo geral,
cuidar melhor das suas crianças, jovens, idosos, colonos e outras categorias.
Aumentam a autoestima da sua gente, que se reflete em ações mais efetivas,
patrimônios públicos e históricos melhor cuidados e aumento da renda, com
reflexos positivos locais e regionais. A melhoria nos níveis de qualidade de
vida do Estado, se deve em grande parte aos melhores cuidados prestados a
populações mais humildes, nesses rincões que lograram obter o status de
municípios e cuidar de forma autônoma dos seus rumos e desenvolvimento.
Vista aérea de Pinto Bandeira RS
Os primeiros
imigrantes que se estabeleceram em Pinto Bandeira chegaram em 1876. Até 05 de
Maio de 1902, a localidade chamava-se Silva Pinto. A Paróquia de Nossa Senhora
da Pompéia só foi criada em 1922, através da iniciativa de um padre, fazendo
com que o local passe a se chamar distrito de Nova Pompéia. Em 1938, o nome
muda novamente, desta vez para Pinto Bandeira. Esta denominação perdura até
hoje. O movimento pró-emancipação de Pinto Bandeira inicia-se em 18 de Abril de
1994. Em 16 de Abril de 1996, através da Lei n.º 10749, o governador do estado
cria o município de Pinto Bandeira. A primeira eleição municipal acontece em 1º
de Outubro de 2000, e em 1º de Janeiro de 2001 dá-se a instalação do município.
Significado do
Nome
Homenagem a
Rafael Pinto Bandeira, um militar ilustre que nasceu e viveu na região.
Pinto Bandeira é conhecida como
a Terra do Pêssego
Pinto Bandeira é
um distrito de Bento Gonçalves, reconhecido nacionalmente como um dos maiores
produtores de frutas de mesa do país, entre elas maça, pêssego e ameixa. É
composto por morros, montanhas, vinhedos e suas plantações frutíferas. Também
são comuns no local residencias da época dos primeiros imigrantes, grutas,
capelas que se misturam às paisagens rurais, vinícolas e pequenas cantinas.
CENÁRIO:
Naturais/ Manifestações culturais/ Paisagem Rural com Colinas cobertas de
pessegueiros e ameixeiras. CATEGORIA: Arquitetura/Comunidades/ Construções/
Festas/ Formações rochosas/ Interior/ Paisagens rurais/ Quedas d’água/
Vegetação/Caverna.
TIPOS: Arquitetura colonial/ Arquitetura moderna/ Campo/ Casas/ Caverna/ Cidade do Interior/ Colônia Italiana/ COLÔNIA polonesa/ Fazenda/ Festa popular/ Festa religiosa/ Gruta/ Mata Atlântica/ Morro/ Montanha/ Rua/ Rio/ Vale / Vila/ Vinhedo.
Foto antiga da Praça central de Pinto Bandeira.
... Frente da igreja de Pinto
Bandeira entre 1902 e 1915... Belo achado para construção da nossa história.
Fotos dos Meus Pais
Cândido
Martinelli natural de Guaporé e Maria Luisa Grando
natural de Veranópolis
A casa das
cinco mulheres: Inês, Helena, Vitória, Neusa, Lúcia e a mãe Maria Luisa Grando
Aniversário da Inês
Aniversário da mãe na casa da Vitória – Aniversário
da Helena
Aniversário
da Vitória
Aniversário
da Neusa
Os Oito Filhos de Cândido Martinelli e Maria Luisa Grando:
1.Ernesto Antonio Martinelli e Maria da Rocha Martinelli:
De pé da
esquerda para direita: Eduardo e Lucila Três, Artemio Martinelli com Henrique
no colo e a mãe Paula deve ser a fotógrafa, Cristiano Martinelli e sua mãe
Fátima, Leomar F. Alves e seu filho Leonardo ao lado de sua mãe Lucimar
Martinelli, ao lado do outro filho Lindomar e sua esposa Lilian. De cocoras
Amarildo e Elisa Martinelli. Na frente Ernesto Martinelli e sua espoda Maria ao
lado da netinha Maria Eduarda e ( in memorian) Adriano Martinelli
Filhos:: 1.Amarildo Martinelli esposa Fátima Martinelli - Filhos: Cristiano
Martinelli e Adriano Martinelli "in memoriam"
1.2.Lucimar Martinelli esposo Leomar Fernandes Alves: filhos:
Lindomar Martinelli Alves esposa Lilian Martinelli
Leonardo
Martinelli Alves
1.3.Lucila Martinelli Três esposo Eduardo Três:
Filha Maria Eduarda Martinelli Três
1.4.Artemio Martinelli e a esposa Paula Cristiana Bertolini Martinelli: Filho
Henrique Martinelli
1.5.
Elisa Maria Martinelli
2.Lino Saul Martinelli divorciado de
Diva Laidens Martinelli:: Filhos:
1.1.Mário L. Martinelli "in memoriam" esposa
Adelina dos Santos: Filhos: Ronaldo Martinelli, Gabriel Martinelli, Roberto
Martinelli
Ronaldo Martinelli casado com Taise e os filhos Eduardo Martinelli e
Sabrina Martinelli
Gabriel Martinelli e namorada
1.2.Leonildo L. Martinelli "in
memoriam" esposa Jose:
Filhas: Michelli e Francieli Martinelli
Leonildo e Jose Micheli esposo e o filho Henry Francieli esposo Jaqueson
1.3. Cleusa Martinelli esposo Adalberto Carlos Urio
Adalberto
Carlos Urio esposo de Cleusa Martinelli e Filhos: Guilherme Urio e esposa e Mariana
Urio
1.4.Adriano L. Martinelli esposa Juliane Almeida Martinelli: Filho:
Eduardo A. Martinelli
3.Helena Alilita Lourençato e Carlos
Lourençato (sem
filhos) foto da 1ª comunhão com a Inês
4.Inês Martinelli esposo João Pedro Lourençato Ferreira e filhos, noras e gênro:
Cristiane esposa de Marcos Antonio Ferreira, Glaura
e Volmir Polo com o filho Gustavo na frente, Inês Martinelli e esposo João P.
L. Ferreira, Wilian filho do Marcos e Cristiane, namorada de Leandro e sua
filha Eduarda
1.1.Antônio
Marcos M. Ferreira esposa Cristiane Godóy Filho: Willian G. Ferreira
1.2.Edegar M. Ferreira esposa Luciana Anesi Ferreira e Filha: Luana A.
Ferreira e namorado
1.3. Glaura Ferreira esposo Volmir Polo Filhos: Vivian F. Polo e
namorado Felipe Polo e Gustavo Polo
1.4.Leandro Ferreira divorciado de
Elisabeth Thomas Filha Eduarda Terreira
5.Telmo Martinelli "in memoriam" esposa Maria Aurora Bier Martinelli e Filhos:
Casamento de Telmo e Maria
1.1.
Cândido Giovane Martinelli esposa Marcela
Fortunato.
1.2.Juliana B. Martinelli esposo Evandro Flores: Filha Maria Isabela M.
flores
6.Neusa Martinelli "in
memoriam" (sem filhos)
7. Vitória Martinelli esposo Osmar Antônio
Casassola: Filhos: Fabiano e Cristiano
Fabiano M. Casassola esposa Gilvana e Filhos Maria Gevana Casassola e
Alonso Casassola
Cristiano M. Casassola esposa Dissiane
Casassola: Filha Vitória Maria Casassola
8. Lúcia Martinelli
Minha 1ª Comunhão, Dama de honra, Formatura de Magistério Formatura de Graduação com a Mãe
Tios
Paternos e Primos e Primas
1.Félix Martinelli e esposa Eli Martinelli: filhas:
Margarida Martinelli, Marina Martinelli e Maria Elena Dalmaz
Margarida
Martinelli filhos: Fabiana Moraes, Fernanda Moraes e Felipe Moraes com esposa
Marina Martinelli filhos: Lumara M. João Luis Martinelli
Maria
Elena Dalmaz esposo Élbio Dalmaz: Filhos: Bruno M. Dalmaz e Vitória M. Dalmaz
Primos
reunidos, filhas, filhos e namoradas, namorados de Margarida, Marina e Maria
Helena (falta a Fernanda)
1. Judith
Martinelli esposo Atílio Dossa teve cinco filhos. Maria dossa, José Dossa,
Antenor Dossa, Valdir Dossa e Margarida Cunha
Judite
Martinelli Dossa, Jana Dossa Antunes, Dougalas Eduardo Dosso, Fábio Dossa, Diego Velásquez
1.
Maria Dossa divorciada - filho: Diego Emmanue Velásquez e namorada
2.José Dossa(
falecido) esposa Carmem Dossa e Filhos...
3.Antenor Dossa e esposa Sueli Filhos:
4.Valdir Dossa esposa Marinelza Lourençato Dossa Filhos: Fábio e Maicon
5.Margarida Dossa da Cunha e esposo
3.João Carlos Martinelli (sem filhos)
4.Glória Martinelli (sem
filhos)
5.Annah
Elisabeta Martinelli (sem
filhos)
Documentos se alguém precisar pedir Cidadania Italiana.
Falta só a certidão de Nascimento vô Ernesto Martinelli, só consegui o
de óbito.
Encontros da
Família Martinelli no RS - Martinellança
— em Pinto
Bandeira, RS
Parte da
Família de Cândido Martinelli presentes no 3º encontro – a cima Leitura da Liturgia
De pé: Lúcia Martinelli, Juliana Martinelli, Cristiano M. Casassola,
Lucila M. Três, Maria Aurora Bier Martinelli, Helena Alilita Lourençato,
Parente de S. Maria, Maria da Rocha Martinelli, Ernesto Antonio Martinelli,
Inês M. Ferreira, Lucimar Martinelli Alves com Eduarda Três no colo, ( o Lino
esteve mas já havia ido embora na hora da foto)
Na frente: Candido Giovani Martinelli, Eduardo Três, Ivo Felipe Mainerz,
Vitória M. Casassola e Osmar Casassola. (2004)
Estatuto e Princípios da Família Martinelli:
a dignidade da pessoa humana,
a solidariedade familiar,
a igualdade de gêneros, de filhos e das entidades
familiares,
a convivência familiar,
o melhor interesse da criança e do adolescente e a
afetividade
|
|
||||
|
||||
|
||||
|
||||
|
É oportuno escrever
sobre o edifício Martinelli porque nesta segunda feira, 26 de julho de 2010 ele
vai ser aberto à visitação depois de mais uma reforma. Então, repetindo uma
antiga postagem aqui vai um texto sobre ele.
Ainda na década de
20, mais precisamente em 1925, começou a ser erguido o pai dos arranha-céus
paulistanos, o Edifício Martinelli. Este prédio tem toda uma história.
Marco arquitetônico
foi destaque naquele momento, inovador, e apontou o futuro da edificação da
cidade. Com uma altura de 130 (ou 105) metros, seus 30 andares mudaram a
paisagem, a evolução urbana da cidade. Tinha o sentido vertical e a estrutura
em concreto armado.
Ocupa meio
quarteirão da rua de São Bento, meio quarteirão da rua Líbero Badaró e toda a
ladeira São João.
Em pleno
funcionamento em 1929, o Prédio Martinelli era um sucesso. Na rua de São
Bento, o famoso Cine Rosário, barbearias, lojas e o luxuoso hotel São Bento na
Líbero Badaró, com 60 apartamentos de primeira linha que possuíam
banheiros privativos e telefones automáticos; havia também uma escola de dança
e residências.
Na metade do século
XX, o abandono e a ocupação desordenada mudaram o aspecto e o cotidiano do
Prédio. Por descaso das autoridades, falta de planejamento e de política habitacional,
o Prédio Martinelli transformou-se num imenso cortiço, onde se
improvisaram vários cômodos que abrigavam um enorme numero de famílias.Em 1975,
após , protestos da imprensa e de setores profissionais, a Prefeitura
inicia a obra de reforma.
A história do
edifício começa com o comendador Martinelli imigrando para o Brasil em 1888
Giuseppe Martinelli
não veio, como a maioria, para trabalhar na lavoura e sim na cidade. Ele chegou
pelo vapor Santa Maria, tendo desembarcado no Rio de Janeiro, no dia 17 de
Janeiro de 1889. Escolheu o comércio, ramo que oferecia maiores perspectivas de
ganhar dinheiro para um recém-chegado a terras estrangeiras.
Em 1906,
Martinelli e sócios já tinham uma casa bancária em Santos e em São
Paulo e começaram a ser procurado para representar firmas exportadoras
italianas. Durante a I Guerra em 1915, formaram uma frota própria
de navios, para tentar suprir a falta de transporte acarretada pela guerra.
Assim, em pouco
mais de 30 anos, Martinelli fez fortuna.
A popularidade de
Giuseppe Martinelli, no entanto, veio-lhe, sobretudo da atuação que teve na
capital paulista ao construir o prédio que seria o primeiro arranha-céu da
cidade e da América do Sul.
O local escolhido
por Giuseppe Martinelli para edificar sua torre foi o coração da metrópole do
café, uma das zonas mais movimentadas e elegantes do centro. Na praça Antonio
Prado havia o Palacete João Briccola, as sedes dos jornais Correio Paulistano e
A Notícia e conhecidas confeitarias de luxo, como a Castelões e a Brasserie
Paulista, com bancos e o comércio elegante na Rua XV de Novembro. Nas
proximidades, o serviço dos Correios e Telégrafos.
Sua construção
demorou oito anos.
Não tendo apoio
governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vender ao
"Instituto Nacional de Crédito per il Lavoro Italiano a L'Estero",
uma parte de seu empreendimento. O edifico só foi inaugurado em
1929 e foi uma declaração de amor do imigrante italiano à cidade onde fizera
fortuna.
O prédio Martinelli
foi projetado para ter 17 andares. Mas, o Comendador resolveu subir a
construção até o 24º andar. A Prefeitura embargou a obra, mas ele não
ligou e prosseguiu na construção. Diante da insistência do idealizador a
administração municipal convocou uma equipe para testar a viabilidade dos sete
andares adicionais. Foram feitas sugestões quanto aos materiais mais leves.
Mesmo chegando ao
final dos 24 andares, ainda havia desconfiança quanto à solidez do
prédio. Para provar que se tratava de uma edificação robusta, o
comendador determinou a construção de sua própria casa no topo – uma mansão
equivalente a mais seis andares. Foi nessa “cobertura” do Martinelli, que
a alta sociedade paulistana viveu alguns de seus momentos mais glamourosos nas
décadas de 20 e 30.
Com 30 andares e 105
(ou 130) metros de altura, o Martinelli finalmente ficou pronto em 1929.
Só perdeu sua posição de prédio mais alto da cidade 10 anos depois com o
edifício sede do Banespa, com 36 andares.
A parte externa do
Martinelli é toda de pedras rosadas trazidas da Itália. No interior, mármores
de Carrara cobrem os pisos e os 1057 degraus. As ferragens são inglesas, as
portas de pinho-de-riga; tem 2330 janelas e 1880 salas e apartamentos.
Sugestão de leitura
– O Ultimo Mamífero do Martinelli – Marcos Rey
Foto muito especial
de Rodrigo Capote/Folhapress dá ênfase ao palacete de Giuseppe Martinelli dono
do prédio e situa o espaço com a banespa ao fundo.
Martinelli por volta de 1937-38
Foto de Rodrigo
Capote/Folhapress - casa do Comendador Martinelli, tendo ao fundo o Edificio
Altino Arantes – Banespa
Italiani (Urbanismo) - Giuseppe Martinelli e a história do arranha-céu
paulistano de 1929 - 1
Na cosmopolita São
Paulo dos anos 20 e 30 do século XX, muitos italianos que haviam deixado seu
país de origem para recomeçar a vida em terras brasileiras já trilhavam
caminhos bem sucedidos. Um deles foi o Giuseppe Martinelli, a quem a cidade de
São Paulo deve um de seus preciosos tesouros em termos de arquitetura: o
Edifício Martinelli. Natural de Lucca, Giuseppe Martinelli, que por ofício era
mestre-de-obras, deixou sua cidade natal em 1892, aos 22 anos de idade.
Ao chegar ao Brasil trabalhou em um açougue e foi mascate nas fazendas cafeeiras. “Eles vieram para vencer e, para tanto, lutaram muito. Suas histórias de vida me comovem, sobretudo quando penso que deixaram a pátria para trás, os parentes e sua cultura, para um mundo desconhecido, onde sofreram preconceito, pois vieram, de modo geral, para substituir o braço escravo” analisa Maria Cecília Naclério Homem, autora do livro O Prédio Martinelli - A ascensão do imigrante e a verticalização de São Paulo”.
A vida de mudou quando foi convidado pela firma Fratelli Fiaccadori para abrir uma casa de despachos em Santos. Depois de alguns anos, Giuseppe saiu da Fiaccadori e junto com um dos seus irmãos fundou a Fratelli Martinelli, que em 1906 já era uma empresa bem sucedida. Em 1911, Giuseppe rompeu com seu irmão e criou a “Sociedade Anônima Matinelli que prosperou ainda mais.
O grande salto da empresa se deu em 1915, durante a primeira Guerra Mundial, quando formou uma frota própria de navios a fim de suprir a falta de transportes. Em 1922 a frota chegava a 22 unidades. Martinelli estava em ascensão e logo transformou-se em armador, era um dos homens mais ricos de São Paulo. Financeiramente no auge, chegava a hora de realizar seu antigo sonho, queria deixar uma marca na cidade, causar impacto. Decidiu construir o prédio mais alto da cidade até então.
Ao chegar ao Brasil trabalhou em um açougue e foi mascate nas fazendas cafeeiras. “Eles vieram para vencer e, para tanto, lutaram muito. Suas histórias de vida me comovem, sobretudo quando penso que deixaram a pátria para trás, os parentes e sua cultura, para um mundo desconhecido, onde sofreram preconceito, pois vieram, de modo geral, para substituir o braço escravo” analisa Maria Cecília Naclério Homem, autora do livro O Prédio Martinelli - A ascensão do imigrante e a verticalização de São Paulo”.
A vida de mudou quando foi convidado pela firma Fratelli Fiaccadori para abrir uma casa de despachos em Santos. Depois de alguns anos, Giuseppe saiu da Fiaccadori e junto com um dos seus irmãos fundou a Fratelli Martinelli, que em 1906 já era uma empresa bem sucedida. Em 1911, Giuseppe rompeu com seu irmão e criou a “Sociedade Anônima Matinelli que prosperou ainda mais.
O grande salto da empresa se deu em 1915, durante a primeira Guerra Mundial, quando formou uma frota própria de navios a fim de suprir a falta de transportes. Em 1922 a frota chegava a 22 unidades. Martinelli estava em ascensão e logo transformou-se em armador, era um dos homens mais ricos de São Paulo. Financeiramente no auge, chegava a hora de realizar seu antigo sonho, queria deixar uma marca na cidade, causar impacto. Decidiu construir o prédio mais alto da cidade até então.
A construção durou
cinco anos. O Martinelli (o prédio levou o nome do seu idealizador) é um
edifício que traz incrustrado em sua história vários marcos. Para erguer o
“monumento”, que marca a verticalização da cidade de São Paulo, o conde
contratou o engenheiro-arquiteto húngaro, William Fillinger que usou, pela
primeira vez, o “concreto armado” um novo conceito na engenharia civil da
época. Além disso, a maioria dos materiais usados durante as obras foi importada,
como por exemplo, o cimento, que veio da Suécia e da Noruega. Inicialmente, o
prédio estava projetado para abrigar 14 andares, com a possibilidade de ir até
o décimo oitavo andar.Todos olhavam a construção com enorme desconfiança,
muitos acreditavam que ele iria cair. Os boatos de que o prédio viria abaixo
ganharam ainda mais força quando, durante as escavações, começou a minar água
no subsolo. Foi preciso grande esforço dos técnicos e engenheiros para drenar a
água e desviá-la do caminho do edifício. A obra foi evoluindo e as dificuldades
foram aumentando. Em 1928 o conde Martinelli resolveu aumentar o tamanho do
edifício chegando a 20 andares.
Nesse ponto todos esperavam que a obra terminasse por aí, mas o conde
queria mais. A construção chegou a ser embargada. Mas, usando materiais mais
leves, o conde conseguiu o direito de construir mais cinco andares, mas ainda
não estava satisfeito. Ele estava próximo de realizar o sonho de alcançar 30
andares, e assim o fez. A área total do prédio chegava então aos 50.000m2
alcançando uma altura de 105,65 metros. Para provar que seu empreendimento não
cairia resolveu construir sua residência no alto do edifício. Em 1929, Giuseppe
Martinelli mudou-se para o edifício com a família.
Do luxo ao lixo
Começou em 1934 o processo que levou o edifício
a uma fase de decadência e abandono. Por conta de problemas financeiros,
Giuseppe Martinelli teve de vender o edifício ao governo italiano, porém
durante a Segunda Guerra o Brasil expropriou e leiloou as dependências do prédio.
Houve uma ocupação desordenada por volta da
década de 60 e 70 e o edifício se transformou em uma espécie de cortiço, devido
aos baixos preços e a área central que já se mostrava decadente.
Sobrenome
À medida
em que as pessoas se multiplicavam, tornou-se necessário distinguir umas da
outras, surgindo, assim, os nomes próprios. E, quando estes não mais eram
suficientes, várias formas de nomear foram adicionadas, mostrando ascendência,
profissão, origem ou alguma outra característica que diferenciasse as pessoas
que viviam numa única comunidade.
A partir daí, surgiram os sobrenomes, que deram origem às nossas ramificações familiares. Através das pesquisas onomásticas (ramo da linguística que explica os nomes próprios) viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de descobrir a história e o significado do seu sobrenome.
A partir daí, surgiram os sobrenomes, que deram origem às nossas ramificações familiares. Através das pesquisas onomásticas (ramo da linguística que explica os nomes próprios) viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de descobrir a história e o significado do seu sobrenome.
Brasão
Chama-se Heráldica a
arte de formar e descrever Brasões de Armas, também designada Armaria ou Arte
do Brasão. Teve seu princípio por volta do século XII, contudo sua origem vem a
ser mais remota do que se pensa. Os símbolos pessoais e familiares são antiquissimos
e a Heráldica surge no momento em que estes símbolos foram utilizados dentro
dos escudos de combate.
Através das pesquisas viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de conhecer e resgatar a antiga tradição do uso e porte do Brasão, que representa a dinastia de sua familia através dos séculos.
Através das pesquisas viabilizadas pelo Projeto Imigrantes, você tem a oportunidade de conhecer e resgatar a antiga tradição do uso e porte do Brasão, que representa a dinastia de sua familia através dos séculos.
O Memorial
do Imigrante é uma
instituição pública localizada na sede da extinta Hospedaria dos Imigrantes, no
bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, onde se concentra
grande quantidade de documentação sobre a imigração para o Brasil na passagem
do século XIX para o XX.
A Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo, em 1910- Imigrantes europeus posando para fotografia
no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo, ca. 1890
A respeito do local ideal para a construção
da Hospedaria de Imigrantes, consta do relatório apresentado pelo governo da
província à Assembléia
Legislativa provincial no dia 15 de fevereiro de 1886:
"...autorizando a construção do novo
edifício para a Hospedaria, determinou que esta ficasse situada nas proximidades
das linhas férreas do Norte e Inglesa. O terreno da Luz (já então adquirido)
fica próximo só da segunda destas linhas".
"...foram
iniciados no correr de julho do mesmo ano (1886) os trabalhos de construção do alojamento de imigrantes e a 7 de junho próximo passado, isto é no intervalo de
10 ½ meses, já se achavam concluídas as seguintes obras:
1.
Ala longitudinal do edifício principal medindo a extensão de 75 metros;
2. Refeitório e dependências;
3.
Estação–armazém com latrinas para homens;
4.
Lavanderia com tanques e latrinas para mulheres.
Entregue a 19 de junho
ao serviço da Inspetoria da Imigração a parte edificada pode já prestar–se a
acomodar cerca de 1200 imigrantes."
O Memorial
do Imigrante
O Memorial
do Imigrante é uma
instituição pública localizada na sede da extinta Hospedaria dos Imigrantes, no
bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, onde se concentra grande quantidade de
documentação sobre a imigração para o Brasil na passagem do século XIX para o XX.
Papa
Francisco com a Família Martinelli
"A Itália é
indescritível. Não é apenas o país mais belo do mundo;
é qualquer coisa fora e acima deste mundo, assim mais ou menos pendurada a meio caminho entre o céu e a terra
[...] a gente italiana é, entre todas, a mais bonita e a mais simpática,
a mais humana de todas, a mais alegre."
é qualquer coisa fora e acima deste mundo, assim mais ou menos pendurada a meio caminho entre o céu e a terra
[...] a gente italiana é, entre todas, a mais bonita e a mais simpática,
a mais humana de todas, a mais alegre."
(João Guimarães Rosa,
Carta aos pais. Paris,
3.9.1950).
Assinar:
Postagens (Atom)