8.9.13

Depois “do felizes para sempre”

Depois “do felizes para sempre”


         Era uma vez, há muitos, muitos anos atrás mais vinte e cinco anos, uma senhora de cabelos negros como o ébano, onde já começavam a aparecer alguns fios brancos como a neve, bem da cor da pele dela, que já não era branca como a neve.
         O nome da tal senhora era Branca Encantado. Nos tempos de solteira, o sobrenome dela era “De Neve”, mas, depois que se casou com o Príncipe Encantado, Dona Branca passou a usar o sobrenome do marido.
         Dona Branca estava com uma barriga enorme, esperando o seu sétimo filho, para ser afilhado do sétimo anãozinho, que vivia reclamando pelo fato de todos os outros anões já serem padrinhos de filhos de Dona Branca e faltar um para ser afilhado dele.
         Dali a uma semana ia fazer vinte e cinco anos que Dona Branca havia se casado para ser feliz para sempre. E, como você sabe, quem fica vinte cinco anos casado com a mesma pessoa faz uma bruta festa para comemorar as Bodas de Prata.
         Feliz com tudo isso, Dona Branca tricotava um casaquinho de lã para o principezinho que ia nascer, sozinho no grande salão do castelo, forrado de mármore cor-de-rosa e veludo vermelho. Os filhos maiores estavam na escola e os menores com as amas. O Príncipe Encantado, como sempre, estava caçando. Foi aí que a grande porta do salão abriu-se e entrou Caio, o lacaio, anunciando:
         -Alteza, a Senhorita Vermelho acaba de chegar ao castelo e pede...
         -Chapeuzinho?!_interrompeu Dona Branca._Que ótimo! Peça para ela entrar. Vamos, caio, rápido!
         -Caio, o lacaio, inclinou-se numa reverência e foi buscar a visitante.
         Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de dona Branca e uma das poucas que não era princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da vovozinha, mas não falava em nenhum príncipe encantado. Por isso, chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez mais caduca.
         Com a cestinha pendurada no braço e com o capuz vermelho na cabeça, dona chapeuzinho entrou com o lacaio atrás. Dona Branca correu para abraçar a amiga.
         -Querida! Há quanto tempo! Como vai a vovozinha?
         -Branca!

         As duas deram-se três beijinhos, um numa face e dois na outra, porque o terceiro era para ver se a Chapeuzinho desencalhava. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Adoro ler seu comentário! Beijos!

Eu sou Lúcia Martinelli

PROFESSORA LUCIA MARTINELLI

PROFESSORA LUCIA MARTINELLI
ATIVIDADES E PROJETOS